Boletos a partir de R$ 10 mil não poderão ser pagos em espécie

Divulgação/CRECI-ES

Bancos vão registrar movimentações

O Conselho Monetário Nacional (CMN) proibiu nesta quarta-feira que bancos aceitem pagamento em espécie de boletos em valor igual ou superior a R$ 10 mil e determinou ainda que as instituições financeiras mantenham registro específico dos boletos pagos em dinheiro vivo. A decisão não é nova, mas clientes e instituições financeiras têm menos de mês para se adequar. 

As regras para pagamento em espécie entram em vigor no dia 28 de maio e os bancos devem começar o registro de boletos a partir de 11 de março do ano que vem, informou o Banco Central (BC). As medidas têm o objetivo de combater e prevenir a lavagem de dinheiro.

Os bancos poderão recusar pagamento em espécie também para os boletos com valor abaixo de R$ 10 mil, se identificarem indícios de tentativa de burlar a legislação, informou o BC em comunicado.

O Banco Central informou que a quantidade de operações que se enquadram na norma é relativamente pequena. “A gente tem que a quantidade de boletos acima de 10 mil é muito pequena, é de 1,7% do total de boletos com valor em torno de 60 por cento” disse Otávio Ribeiro Damaso, Diretor de Regulação do Banco Central em coletiva de imprensa, no dia 28 de março deste ano.

Com a regulamentação do limite para pagamento em espécie, instituições que já haviam adotado medidas similares agora devem seguir a norma estabelecida. O Banco do Brasil, já tinha um limite de R$ 2 mil reais para pagamentos de boleto em espécie e agora terá que se adequar ao novo limite, exemplificou o BC.

*Matéria alterada em 11/05 - às 17h53 para correção de informações