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Economia Sexta-feira, 08 de Junho de 2018, 14:17 - A | A

Sexta-feira, 08 de Junho de 2018, 14h:17 - A | A

Em Brasília

Caminhoneiros e técnicos da ANTT se reúnem para discutir preço mínimo do frete

Tabelas são alvos de uma disputa de interesses entre caminhoneiros e representantes do setor produtivo

Flávio Brito
Capital News

 

 

Representantes de caminhoneiros e técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estão reunidos na sede da autarquia, em Brasília, para discutir a possibilidade de ajustes na nova tabela com preço mínimo do frete para o transporte rodoviário de cargas, publicada ontem (7). O tabelamento do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo no fim do mês passado para tentar terminar com a paralisação que durou 11 dias, afetando amplos setores da economia.

 

De acordo com a assessoria da ANTT, a reunião de hoje não deve ser conclusiva. Os técnicos da agência receberão as contribuições dos representantes dos caminhoneiros e continuarão “aprofundando as discussões sobre a matéria” a fim de cumprir a decisão de suspender os efeitos da resolução de ontem. O próprio presidente Michel Temer anunciou, nesta quinta-feira (7), que a Casa Civil e o Ministério dos Transportes estudavam “uma adaptação à tabela dos preços mínimos do frete” para que os caminhoneiros tenham condições de trabalho, sem que a economia seja abalada.

 

As duas tabelas são alvos de uma disputa de interesses entre caminhoneiros e representantes do setor produtivo. A tabela hoje em vigor é a segunda a ser publicada pelo governo federal. Com a suspensão do texto, que deve ser ainda publicada no Diário Oficial da União, voltará a vigorar a primeira versão, do dia 30 de maio. 

 

De um lado, donos de transportadoras rodoviárias e caminhoneiros autônomos se queixam de que os valores hoje pagos pelo frete mal cobrem os custos das viagens, com combustível, pedágio, alimentação e manutenção do veículo. De outro lado, empresários de outros setores, principalmente do segmento agropecuário, alegam que o estabelecimento de um valor mínimo para o frete limita a concorrência e aumenta os custos de transporte de cargas.

 

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