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Economia Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2018, 14:31 - A | A

Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2018, 14h:31 - A | A

Varejo

CDL-CG comenta queda no volume de vendas no varejo

Comerciantes alegam que empresários ainda sentem as dificuldades da crise de 2017

Flávio Brito
Capital News

O IBGE divulgou, na última sexta-feira (9), pesquisa sobre os valores movimentados pelo comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de venda de veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, em 2017, que registrou queda recorde, com o volume das receitas com as vendas caindo 2,2%, o menor resultado desde 2002, quando o levantamento teve início.

 

Quanto ao comércio varejista mais restrito (excluindo-se os setores de veículos e de material de construção), o resultado foi positivo, mas com variação modesta, de 0,7%, a menor da série histórica. Nesse tipo de varejo, o estudo é mais antigo, com início em 2002. O volume equivalente apresentou alta, também tímida, de 0,5%.

 

A Câmara de Dirigente Lojistas de Campo Grande (CDL-CG) analisou os números apresentados pela pesquisa, elencando alguns motivos para a queda do volume movimentado pelo varejo sul-mato-grossense, entre eles a utilização do 13º para o pagamento de dívidas, o alto índice de desemprego e a insegurança ao consumir, diante de um ano de crise.

 

A CDL-CG também apontou a falta de diversificação da matriz econômica como motivo para o baixo desempenho do comércio. Em Campo Grande, por exemplo, mais de 40% da sua população economicamente ativa remunerada está no serviço público, seja ele municipal, estadual ou federal, sendo que os mesmos não tiveram aumento salarial, apenas reposição inflacionária, o que fez com que a maioria perdesse seu poder de compra.

 

Ao comentar os números da pesquisa, o presidente da CDL-CG, Adelaido Vila, lembrou que muitos levantamentos são baseados na compra à crédito, por meio das fontes SPC e Serasa. “Percebemos o consumidor comprando à vista, ou no cartão de débito, o que pode dar uma diferença no resultado do volume movimentado pelo comércio, mas de maneira geral sentimos o peso do ano difícil que foi 2017”, afirmou Adelaido.

 

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