Reprodução/Como fazer em casa
Nepes verificou os preços dos ingredientes mais comuns entre os pratos típicos
As comidas típicas dos festejos juninos estão mais baratas este ano, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas (Nepes), da Uniderp. O grupo de alguns ingredientes que compõem os pratos tradicionais tiveram seus preços reduzidos, em média, 2,28%, nos últimos 12 meses, em Campo Grande. A taxa é bem menor que a registrada no ano anterior, quando ficou em 7,57%. Para o pesquisador da Uniderp, a queda de preços deve ser encarada com otimismo pelo consumidor. “Os produtos de alimentação usados nas festas juninas devem ter preços estáveis ou mais amenos que o ano passado, favorecendo a diversão da família”, analisou o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza.
Na avaliação de Souza, o fato “reforça o comportamento registrado em vários meses da inflação em Campo Grande em 2018, ou seja, quedas generalizadas de preços de produtos do grupo de Alimentação nos últimos 12 meses”.
O estudo, que contemplou 54 produtos, foi realizado na primeira quinzena de junho, nos principais supermercados da capital e constatou que, de um ano para o outro, os alimentos que mais encareceram foram: maçã (13,74%), aguardente (6,56%), farinha de milho (5,7%), molho de tomate (3,62%), canela em pau (2,91%) e vinho (1,38%).
Já as principais quedas de preço foram registradas com: canela em pó (-21,16%), salsicha (-11,18%), milho verde em lata (-10,55%), arroz (-8,58%) e milho de canjica (-7,11%). O valor do milho de pipoca também declinou 6,5%. Entre os doces típicos, como paçoquinha e pé de moleque, a redução foi, em média, de 5,38%, e a matéria-prima típica para os bolos de Festa Junina, o fubá, caiu 4,02%. O amendoim e o coco, que também estão nesse grupo, registraram decréscimo de 1,44% e 0,41%, respectivamente.
Para os produtos que subiram de preços, o professor aconselha o consumidor pesquisar e avaliar alimentos de marcas menos conhecidas, mas que mantenham uma boa qualidade. “Vale a pena, também, pesquisar os preços ou reunir um grupo maior de pessoas e comprar em atacadistas para conseguir descontos ainda maiores”, complementou.