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Economia Segunda-feira, 09 de Junho de 2008, 14:42 - A | A

Segunda-feira, 09 de Junho de 2008, 14h:42 - A | A

Cesta básica sobe 4,22% na Capital

Da Redação

O Índice da Cesta Básica Alimentar em Campo Grande (MS), composta por 15 itens para a alimentação diária de um trabalhador adulto, para o mês de maio, apresentou aumento de 4,22% em relação ao mês anterior, registrando um custo de R$ 203,74, que no mês anterior foi de R$ 195,49.

As variações acumuladas registraram, nos últimos 12 meses, alta de 23,06% e, nos últimos seis meses, apresentou variação positiva de 16,97%, e no ano foi de 14,37%. A pesquisa é elaborada mensalmente pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento da Ciência e Tecnologia (Semac) e foi divulgada na última terça-feira (3).

A pesquisa constatou que, dos 15 produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar, 10 registraram altas: batata (18,20%), tomate (17,34%), arroz (15,38%), macarrão (11,64%), carne (10,64%), açúcar (10,37%), pão francês (7,99%), sal (4%), leite (1,44%) e banana (0,49%). Os produtos que acusaram queda foram: feijão (-9,11%), óleo (-7,58%), margarina (-7,58%), alface (-3,91%) e laranja (-3,58%).

A oferta da batata no mercado em maio foi restrita devido ao período de entressafra do tubérculo, o que gerou um aumento de preço (18,20%). Pelo terceiro mês consecutivo, o preço do tomate registrou alta (21,69%), isso se deve a uma queda da produtividade devido a fatores climáticos adversos, o que também atrasou sua safra.

A produção do arroz não acompanhou o crescimento da população mundial. O produto manteve o mesmo nível de produção, enquanto o consumo cresceu, fator que reduziu o estoque mundial e aumentou seu preço (15,38%). Já a alface, os dados apontaram uma boa produção em razão de bons fatores climáticos e uma grande oferta no mercado varejista, resultando em queda de preço (-3,91%).

O volume disponível no mercado de laranja continua alto devido ao período de safra, o que reduz seu preço (-3,58%). Nos últimos seis meses, os produtos que apresentaram maiores altas foram: tomate (64,03%), feijão (54,88%), óleo (31,08%), carne (21,94%) e macarrão (18,87%).

Para comprar a cesta, o trabalhador precisou despender 108 horas, conforme a Constituição Federal/88. No levantamento anterior, eram necessárias 103 horas e 38 minutos. Em comparação com maio de 2007, quando o preço da cesta estava em queda (-1,63%), o tempo necessário correspondia a 95 horas e 50 minutos, uma diferença de 12 horas e 10 minutos.

Considerando o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 415,00, restou-lhe R$ 211,26, utilizado para atender suas outras necessidades básicas, como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros. Em relação ao mês anterior, o trabalhador precisou desembolsar mais R$ 8,25 para aquisição da cesta básica. Em abril/2007, o trabalhador gastava 47,11% do seu salário para adquirir a Cesta Básica Alimentar e no mês em análise registrou 49,09%. (Com Assessoria)

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