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Economia Quarta-feira, 27 de Setembro de 2017, 13:08 - A | A

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Orçamento em dia

Com R$ 398,6 mi aplicados, MS tem a 2ª maior taxa nacional de avanço nos investimentos

Valores aplicados cresceram 36,39% no primeiro semestre, apoiados por reformas administrativas e gestão estratégica das despesas

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Capital News

Eduardo Riedel

Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel

Mato Grosso do Sul registrou investimentos que totalizam mais de 398,67milhões no 1º semestre de 2017, de acordo com os dados do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), do Ministério da Fazenda. Os valores representam crescimento de 36,39% em comparação com o mesmo período do ano passado, o que coloca o Estado na 2ª colocação do ranking nacional, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul, que teve crescimento nominal de 41,63%. Apesar da maior taxa de crescimento, o governo gaúcho investiu um valor menor que Mato Grosso do Sul, R$ 213,2 milhões. Os números foram divulgados, inicialmente, pelo jornal Valor Econômico.

Para o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, as reformas promovidas pelo governo do Estado foram fundamentais para a obtenção do resultado. As reformas, segundo Riedel, promoveram dois ajustes, um imediatamente à transição de governo e outro no início deste ano. “Basta ver que, mesmo com o crescimento das despesas, Mato Grosso do Sul não só manteve, como também avançou nos investimentos em obras e serviços. O crescimento não seria possível sem as reformas, hoje MS tem a menor estrutura administrativa, com 10 secretarias. Reduzimos de 15 para 13 e no ajuste seguinte enxugamos ainda mais a máquina para 10 secretarias”, lembra Eduardo Riedel.

Atrás de MS, estão Mato Grosso, com avanço de 34,72%, e Paraná, 34,03%.  No conjunto dos 26 Estados (sem incluir o Distrito Federal), os investimentos diminuíram em 15 deles. Riedel lembra que Mato Grosso do Sul quitou as despesas correntes com dinheiro economizado com a renegociação da dívida e da repatriação de recursos promovida pelo governo federal. Porém todos os estados se beneficiaram com o dinheiro extra e, no entanto, não conseguiram avançar nos investimentos, ressaltando a importância que tiveram as mudanças na gestão.

A renegociação da dívida com a União suspendeu temporariamente a amortização do principal e pagamento dos serviços (juros) durante o segundo semestre do ano passado. No entanto, o pagamento já foi retomado de forma escalonada em 2017. Isso significa que a despesa está sendo recomposta. O governador Reinaldo Azambuja defende uma maior desconcentração das receitas da União, avaliando que se não houver uma fatia maior no bolo da arrecadação de tributos federais, a capacidade de investimentos ficará comprometida na maior parte dos Estados também em 2018.

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