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Economia Terça-feira, 19 de Outubro de 2010, 11:53 - A | A

Terça-feira, 19 de Outubro de 2010, 11h:53 - A | A

Dólar opera em alta após nova elevação do IOF

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A nova investida do governo contra o capital especulativo e a reação internacional ao aumento do juro na China provocavam a alta do dólar frente ao real nesta terça-feira (19). Por volta das 11h50, a moeda norte-americana era vendida a R$ 1,689, com alta de 1,38%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na noite de segunda-feira que o imposto sobre aplicações estrangeiras em renda fixa será de 6%, apenas duas semanas após essa taxa ter dobrado para 4%.

O governo também elevou para 6% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado sobre o depósito de margens de garantia de estrangeiros em bolsa, ante 0,38% da alíquota anterior.

"Hoje (o dólar) está subindo por conta de uma parada técnica para recalcular o quanto que se perde na arbitragem", disse Jorge Knauer, diretor de tesouraria do banco Prosper. O capital "que vinha aproveitando um movimento específico de curtíssimo prazo é muito afetado", acrescentou.

Na avaliação de Octavio de Barros, diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, "a tentativa de conter a valorização do real não é exclusividade brasileira e está em linha com diversas outras medidas intervencionistas anunciadas por outros países nas últimas semanas."

Ele aponta em relatório, porém, que "é muito provável que a moeda brasileira - em linha com a grande maioria das moedas de outros países emergentes - continue sendo determinada pelo movimento global de enfraquecimento do dólar norte-americano".

A tendência global de baixa do dólar, porém, sofria um revés nesta terça-feira com o aumento surpreendente dos juros pela China. A alta, de 0,25 ponto percentual sobre os depósitos e empréstimos de um ano foi a primeira desde 2007.

"A reação institiva foi vender risco - com alta do dólar, queda das commodities, queda das ações e de moedas emergentes. A explicação para isso é que as condições monetárias muito brandas na China vinham sendo uma das principais fontes de demanda por ativos em todo o mundo", afirmou Nick Chamie, analista do RBC Capital Markets.

Na segunda-feira, a moeda americana encerrou os negócios com estabilidade, a R$ 1,666 na venda.(G1)

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