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Economia Terça-feira, 27 de Outubro de 2009, 18:34 - A | A

Terça-feira, 27 de Outubro de 2009, 18h:34 - A | A

Encontros discutem linha de crédito e vendas para órgãos públicos e associativismo

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

No âmbito do projeto Encontros com a Indústria, a Fiems, o Compem (Conselho Temático Permanente da Micro e Pequena Empresa) e o Sebrae/MS realizam nesta quinta-feira (29/10), no 6° andar do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, palestras sobre linha de crédito especifica para as micro e pequenas empresas, capacitação de empresários e interessados em vender para órgãos públicos e associativismo empresarial. A primeira palestra será a partir das 7h30 para divulgar a linha de crédito Proger Urbano Empresarial, do Banco do Brasil, que financia investimentos de empresas com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões.

“Trata-se de uma linha de crédito especialmente voltada para micro e pequenas empresas. O empresário que se encaixa nesta faixa de faturamento pode contar com essa oportunidade para investir no empreendimento e obter mais competitividade, porque os recursos estão disponíveis”, pontuou o presidente do Compem da Fiems, José Francisco Veloso Ribeiro, acrescentando que o crédito pode ser usado para ampliar, modernizar ou implantar uma empresa. “A maioria das 8.993 indústrias de Mato Grosso do Sul é de micro e pequenas empresas, isto é, 90% das empresas do Estado, ou seja, mais de oito mil empreendimentos, estão nesta faixa de faturamento com até R$ 5 milhões por ano”, estimou.

A gerente de mercado do BB, Vera Basílio, explica que a instituição financeira já liberou até agora cerca de R$ 40 milhões para atender 2,4 mil operações para empresas de vários segmentos e de diversas regiões do Estado. “O Proger Urbano Empresarial tem por objetivo proporcionar a geração e a manutenção de emprego e renda em áreas urbanas, viabilizando o desenvolvimento sustentado das micro e pequenas empresas”, afirmou, completando que o Proger financia projetos de investimentos como construção civil, reformas, aquisição de máquinas, equipamentos e veículos, computadores, com ou sem capital de giro associado, no valor de até 80% do projeto, sendo mínimo de R$ 5 mil e máximo de até R$ 200 mil.

“Os encargos financeiros cobrados pela linha de crédito é considerado um dos mais vantajosos para o segmento MPE. São compostos de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) que hoje está em 6% mais 2,5% ao ano, o que representa taxa efetiva mensal equivalente de 0,69% ao mês”, detalhou Vera Basílio, ressaltando que, além da taxa de juros adequada à capacidade de pagamento das micro e pequenas empresas, outro diferencial do Proger é o prazo de pagamento de até 72 meses e com carência de até 12 meses. “Ele também não sofre incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), as condições são realmente atrativas e se a empresa não tem garantia para oferecer, pode dar o próprio bem que está financiando ou ainda pagar um seguro que pode ser acrescentado à parcela”, detalhou.

Vendas governamentais

Logo em seguida será realizada a segunda palestra informativa com o consultor jurídico do Sebrae/MS, Luiz Renato Adler Ralho, que falará sobre como vender para órgãos públicos utilizando a Lei Geral - voltada aos empresários interessados em se capacitar para atender o setor de serviços públicos e para a captação de novos negócios. Ele vai esclarecer as principais dúvidas sobre as relações comerciais com o Governo do Estado e Prefeituras Municipais.

Para o presidente do Compem da Fiems, esse trabalho tem como objetivo estimular que os micro e pequenos empresários façam negócios com o poder público, já que no Estado o volume das compras governamentais chega a R$ 1 bilhão por ano. “Nosso desejo é motivar e esclarecer os pequenos e micro empresários de Mato Grosso do Sul a participarem dessas vendas para os órgãos públicos e, assim, ampliem seus negócios, gerando mais emprego e renda no Estado”, analisou.

Ele ressalta que o Governo do Estado e as Prefeituras Municipais são favoráveis à participação das micro e pequenas empresas nas licitações públicas. “Hoje, seis Prefeituras do Estado já regulamentaram a Lei Geral, incluindo Campo Grande, que foi a primeira capital brasileira a regulamentar a Lei Complementar n° 142, de 21 de setembro de 2009, instituindo, no âmbito do município, o regime jurídico tributário diferenciado, favorecido e simplificado a ser dispensado à micro e pequena empresa”, informou, prevendo que a intenção é fechar o ano com 16 Prefeituras regulamentando a Lei Geral.

Associativismo

Já no período da tarde, a partir das 17 horas, será realizada a palestra “Vantagens do Associativismo Empresarial”, com Emerson Casali, gerente-executivo da Unidade de Relações de Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI (Confederação Nacional da Indústria). “Vamos trazer para a discussão esse tema de extrema importância para os sindicatos, que formam a nossa base”, disse o superintende do IEL, Bergson Amarilla.

Bergson Amarilla destacou que a Fiems tem a preocupação de proporcionar aos industriais do Estado momentos de reflexão sobre temas que interferem no desenvolvimento industrial. “Há necessidade de discutirmos esse tema para que tenhamos representatividade, o associativismo é de extrema importância para a indústria”, declarou.

Ele ressalta que o projeto Encontros com a Indústria busca estimular a formação de uma rede de relacionamentos e trocas de experiência entre os empresários. “Também vamos realizar outras palestras com temas relevantes ao setor industrial de Mato Grosso do Sul no próximo mês de novembro, dando continuidade com o projeto em 2010”, disse.

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