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Economia Quarta-feira, 25 de Abril de 2018, 15:56 - A | A

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Cadeia produtiva

Indústrias do Estado pedem revisão da tributação para centros de distribuição de leite

Centros repassam o leite UHT produzido fora de Mato Grosso do Sul ao varejo local para comercialização

Flávio Brito
Capital News

Divulgação

Indústrias do Estado pedem revisão da tributação para centros de distribuição de leite

Segundo os produtores, existe uma competição desleal em relação aos centros por recolheerem os impostos devidos 

A tributação dos centros de distribuição deve ser revista para  tornar mais competitiva a produção de leite de Mato Grosso do Sul. A solicitação foi apresentada pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul (Silems) durante reunião realizada nesta terça-feira (24), na Governadoria, que contou com a presença do governador Reinaldo Azambuja, da vice-governadora Rose Modesto, secretários estaduais e representantes do segmento e do sindicato.

 

Chico Ribeiro/Governo de MS

Indústrias do Estado pedem revisão da tributação para centros de distribuição de leite

Reunião foi realizada nesta terça-feira (24), na Governadoria

“Estamos engajados em verificar qualquer distorção e garantimos que será corrigida de imediato. É preciso observar o que está causando a disparidade de preços entre o leite produzido no Estado e o que vem de fora”, apontou o governador, que se comprometeu com a demanda. Segundo ele, a pauta é pertinente, uma vez que o Estado pode estar deixando de arrecadar.

 

Segundo os produtores, existe uma competição desleal em relação aos centros – que não estariam recolhendo os impostos devidos – e os produtos chegam às prateleiras com preços abaixo da média local. Os centros repassam o leite UHT produzido fora de Mato Grosso do Sul ao varejo para comercialização. Os laticínios locais fabricam leite de saquinho. Segundo a vice-governadora Rose Modesto, se existir alguma distorção, o Governo garante que ela será reparada.

 

Segundo a presidente do Silems, Milene Nantes, o problema central é a diferença do preço entre os tipos de leite, que tornou-se muito pequena. “O leite de saquinho é, hoje, o único produto do Estado. O preço do UHT já chegou a R$ 1,75 para o consumidor, o que prejudica a indústria que se beneficia do leite ‘barriga mole’ e seus derivados”, apontou.

 

O secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, afirma que a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) realizará os levantamentos necessários para conferir se há algo de errado no cálculo da tributação dos centros de distribuição. Caso haja, caberá fazer a autuação e a notificação, quando necessário. “O prejuízo para o Estado é algo que não podemos aceitar e é isso que ocorre quando o recolhimento de impostos é feito de maneira indevida”, pontuou.

 

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, aponta que é necessário criar meios para a proteção da indústria local. “A indústria laticínia do Estado gera empregos, portanto, temos que trabalhar para garantir seu funcionamento e sua possibilidade de crescimento”, defende. 

 

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