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Economia Sexta-feira, 18 de Maio de 2018, 10:02 - A | A

Sexta-feira, 18 de Maio de 2018, 10h:02 - A | A

Indústria

Leite e seus derivados devem ter alta de 7% a 10% na entressafra

Reajuste do leite de saquinho será de até 7,43%, saindo dos atuais R$ 2,69 cobrados pelo litro, em média, para R$ 2,89 o litro

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Fiems

Leite e seus derivados devem ter alta de 7% a 10% na entressafra

Alta deve começar a ser percebida pelos consumidores estaduais a partir da primeira quinzena de junho

Depois do anúncio de aumento no preço do pão francês, o leite de saquinho, popularmente conhecido como “barriga mole”, e os derivados do produto também sofrerão reajustes no próximo mês, de acordo com levantamento do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul) junto aos principais laticínios do Estado. Segundo a presidente do Silems, Milene Nantes, o reajuste do leite de saquinho será de até 7,43%, saindo dos atuais R$ 2,69 cobrados pelo litro, em média, para R$ 2,89 o litro, enquanto aos produtos derivados do leite, como queijos e manteiga, a alta deve passar de 10%.

 

A alta deve começar a ser percebida pelos consumidores estaduais a partir da primeira quinzena de junho e é reflexo do período da entressafra. “Esse aumento é sazonal e acontece todos os anos em decorrência do período de estiagem, quando a quantidade de chuvas é menor, reduzindo as pastagens, que servem de alimento para o rebanho leiteiro. Com menos alimento, o gado tende a produzir menos leite”, ressalta Milene.

 

Aliado ao período de seca, o consumo também costuma ter uma elevação nesta época do ano. “Com o início das baixas temperaturas, é comum as pessoas tomarem mais leite. Essa alta demanda pelo produto, que já tem uma oferta reduzida por conta da queda da produção, contribui ainda mais para o aumento do preço nos mercados”, reforçou a representante da indústria laticínia em Mato Grosso do Sul.

 

Milene Nantes ainda destaca que o reajuste chega para manter a lucratividade das indústrias de laticínias do Estado. “Já tivemos uma alta de 3,86% de abril para maio, quando o preço médio subiu de R$ 2,59 para R$ 2,69. Esses valores são referentes a Mato Grosso do Sul, mas o aumento é uma tendência nacional, pois todos os anos essa sazonalidade acontece e a maioria dos produtores e empresários já está preparada”, completou.

 

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