Deurico Ramos/Capital News
Papelarias registram filas na tarde desta terça-feira (30)
De diferentes perfis, pais lotam papelarias no Centro para garantir o material escolar dos filhos. Na tarde desta segunda-feira (30), o Capital News foi ao comércio e encontrou desde consumidores que checam os preços aos que decidem adquirir na hora. Em comum, eles apontam que o os materiais estão mais caros.
Conforme o gerente de uma papelaria, Jorge Fernandez, de 51 anos, os consumidores estão mais “cautelosos”. “Estão fazendo mais pesquisa e comprando apenas o necessário”, disse. Para ele, a busca intensa pelos materiais escolares no Centro deve seguir ainda mais uma semana.
Um exemplo é a vendedora Maria de Lourdes, 42 anos. Acompanhada da filha, ela consultou quatro lojas até realizar a compra. “Tá tudo caro, só pesquisando mesmo, cada lugar é um valor diferente”, disse.
Lourdes pretende comprar todos os materiais somente nesta segunda-feira. Como a filha estuda na rede municipal, ela decidiu garantir uma parte do kit escolar, que atrasará neste ano.
Deurico Ramos/Capital News
Janaína decidiu ir à papelaria com preço "mais em conta"
Situação parecida é vivenciada pela dona de casa Janaína Fernandes, 28. Por conta do atraso na entrega do kit, ela quer garantir o básico para a filha, que também estudará na rede municipal. Ao contrário de Lourdes, ela consultou apenas uma loja nesta tarde – a que foi indicada por amigos por apresentar o “preço mais em conta”. A prioridade é por material mais simples e barato.
Apesar de atender a rede pública de ensino, o gerente Jorge Fernandez explica que a maior parte da venda é proveniente de clintes de escolas particulares. É o caso da estudante Isadora Siqueira, de 14 anos, que não adquiriu antes o material porque estava viajando.
Deurico Ramos/Capital News
Isadora irá comprar todos os itens da lista na mesma loja
Hoje, a estudante disse que pretende “zerar” os itens da lista da escola já na primeira loja que visita. Por ter a permissão da mãe, ela poderá comprar o que quiser. A preferência é por material de qualidade e de marca.
Mesmo observando o aumento no preço dos materiais escolares, o empresário Gilmar Alencar, 51, também “liberou” a neta para escolher o que quiser. Hoje, ele só irá comprar uma mochila para ela, mas, caso precise de algo no futuro, retornará às compras. “Se ela achou bonito, compro”, disse.
As tradicionais papelarias na Capital estão com filas para atender os consumidores, devido ao hábito de "deixar tudo para a última hora". Nesta semana, algumas escolas particulares retornam às aulas, já a rede municipal inicia o ano letivo na semana que vem e por último, no dia 13 de fevereiro, o ensino estadual começa em Campo Grande.
