Marcos Corrêa
Governador apresentou situação do estado a presidente
Em audiência com o presidente da República Michel Temer (PDMB) nesta terça-feira (14), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) falou ao sobre a situação do estado com a redução da compra do gás natural boliviano pela Petrobras.
O governador explicou que, em decorrência da medida tomada pela Petrobras a receita de ICMS foi reduzida, o que compromete as finanças do estado e dos municípios: o percentual da participação do gás na arrecadação estadual caiu de 18% para 11% em 2016; e para 2017, se mantendo a projeção de diminuição do consumo do gás boliviano pela Petrobras, a queda do ICMS oriundo do hidrocarboneto atingirá o patamar de 5% ou 4%.
“Fomos recebidos em uma agenda extra pelo presidente e apresentamos a ele os impactos negativos para as finanças de Mato Grosso do Sul com a inexplicável posição da Petrobras. O presidente nos disse que transmitiria esta nossa preocupação para o Pedro Parente, com quem devemos nos reunir na próxima semana, no Rio de Janeiro”, disse o governador.
Ainda na terça-feira, a bancada federal demonstrou apoio ao governador. Conforme o senador Waldemir Moka (PMDB), os senadores e deputados buscarão o chefe da Caixa Civil. “O governador teve a adesão da bancada que vai mostrar ao chefe da Caixa Civil que o nosso orçamento depende dessa arrecadação e que isso faz parte do contrato da Petrobras com Mato Grosso do Sul, bombeando ou não o gás”, disse.
A redução da arrecadação do ICMS do gás não era prevista e pode forçar o estado a fazer mais adequações para manter as finanças em dia. “São cerca de 600 milhões a menos no caixa, isso são quase duas folhas de pagamento”, disse. (com assessoria)