Flávio Veras/Capital News
Entrevista concedida pelo ministro da Educação, Rossieli Soares, antes de fazer uma palestra
Em visita a Campo Grande, o Ministro da Educação, Rossieli Soares, falou sobre a transição da pasta que dirige para o próximo Governo, que assumirá em 1º de janeiro de 2019. Além disso, durante uma entrevista coletiva o ministro falou sobre o Exame Nacional do Ensino médio (Enem) e o conceito, “Escola Sem Partido”, defendido por muitos parlamentares e pelo presidente eleito, jair Bolsonaro.
Sobre a transição, Soares falou que o professor Henrique Sartori, que é de Mato Grosso do Sul e atual Secretário Executivo da pasta, coordenou a preparação do material de transição. “Como a peça que preparamos é muito vasta, ainda não tivemos a oportunidade de nos reunirmos com a equipe que irá fazer a ‘passagem de bastão’. Sobre a continuidade dos projetos, existem muitos que já constam na plataforma de governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Um exemplo, é uso de tecnologia na educação”, explicou.
Ao ser perguntado sobre quais seriam as prioridade, o ministro disse que existem inúmeras. “A implantação da Base Nacional Curricular é uma delas, bem como Implantação da Reforma do Ensino Médio e o olhar para a formação dos professores. Este último quesito por exemplo é fundamental, pois se o Brasil não apoiar cada vez mais o futuros e atuais docentes, não iremos transformar a educação e, consequentemente, o país. Não dá para aceitarmos que um terço das crianças brasileiras não estejam alfabetizadas e não saibam escrever uma palavra simples, como porco, ou seja, ver um desenho, e não saber como dar o nome ao animal”, exemplificou.
Enem
Sobre o Enem, Soares afirmou que em 2018 o exame foi a melhor da história, pois pela primeira vez, em nenhuma escola foi registrada uma ocorrência de fraude. “O Exame é extremamente importante, pois está inserido na cabeça do pai, da mãe e do aluno, que as vezes está no segundo ano do Ensino Médio, mas já está se preparando para as provas. No entanto, ele precisa se modernizar e acompanhar as mudanças que o Brasil vai ainda ao aprovar, como por exemplo, Base Nacional Comum do Ensino Médio. Passando este processo, pela primeira vez o Exame e todos os vestibulares serão pautas no cenceitos das Base
Escola Sem Partido
Sobre o conceito “Escola Sem Partido”, o ministro foi enfático. “Não podemos ter nenhum tipo de ideologização dentros de escolas e universidades. Porém, nós temos um terço das crianças no país que não sabem ler, e ficamos discutindo outras coisas na educação. Portanto, temos que focar no fato de que aluno não está aprendendo hoje na escola brasileira. Agora, também não entendo que deva ter uma lei para isso, nós precisamos usar e melhorar os canais importantes que temos. A escolas deve resolver os seus conflitos e o Brasil deve colocar sua prioridade onde dá resultado, portanto, a discussão prioritária tem que ser a aprendizagem”, finalizou.
