Durante assembléia geral realizada na tarde desta terça-feira (26), na ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação Pública), os educadores decidiram que manterão a greve até que a prefeitura de Campo Grande cumpra Lei do piso salarial nacional, que equipara o piso municipal ao piso salarial nacional corrigido pelo Ministério da Educação (MEC) em 2015 com 13,01%.
Na segunda-feira (25), a ACP se reuniu com o secretário de Administração, Wilson do Prado, titular na pasta de Educação, para ouvir a proposta da prefeitura. Porém, o acordo entre as partes não avançou e os professores rejeitaram em votação da assembléia o reajuste salarial de 8,33% proposto pelo prefeito Gilmar Olarte. “Nós defendemos a negociação, porém, essa proposta encaminhada pelo secretário Wilson do Prado não tem consistência nenhuma, porque o que nós reivindicamos é o cumprimento da Lei do Piso Nacional, ou seja, reajuste de 13,01%, como determina o MEC (Ministério da Educação)”, disse Geraldo Gonçalves, presidente da ACP.
Deurico Ramos/Capital News
Geraldo Gonçalves, presidente da ACP afirmou que ações grevistas continuam nesta semana
Segundo ele, a categoria continuará desenvolvendo ações até que o prefeito cumpra o que a lei estabelece sobre o reajuste da categoria. Apenas 50% das escolas municipais estão em greve, a ACP espera que esse número alcance 100% de adesão. “Na quarta-feira (27) faremos panfletagem no centro pela manhã e de tarde. Também visitaremos escolas conscientizando da importância de aderir ao movimento grevista”, explicou Gonçalves.
O presidente da ACP ressaltou ainda que na quinta-feira (28), os professores de dirigirão à Câmara Municipal de Campo Grande, para participar da abertura da Comissão Processante, que irá investigar improbidade administrativa na Prefeitura da Capital.
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Professor há 12 anos, Orlando Rodrigues critica falta de diálogo de prefeitura com educadores
Falta de diálogo
Os professores afirmam que no passado, sempre conseguiram dialogar com outros prefeitos de Campo Grande, mas nessa gestão a falta de comunicação está dificultando o processo de um acordo entre as partes. “Sou professor há 12 anos e sempre presenciei negociações com ex-prefeitos, mas com o Prefeito Gilmar Olarte a coisa está complicada. Ele nunca nos recebeu e sempre envia uma comissão para representá-lo. É importante que ele perceba a insatisfação da categoria”, relatou o professor Orlando Rodrigues.
A professora Elimar Cristina Tolentino, de 43 anos é professora há 20 anos e também se surpreende com a falta de diálogo. “Não tem transparência da prefeitura ao lidar com a categoria,
apresenta relatórios, os números sempre divergem. Estamos lutando pelos nossos direitos e esta falta de conversa não contribui em nada”, afirmou.
Ações da greve
Na sexta-feira (29) os professores farão uma passeata pelas ruas do centro de Campo Grande e também uma assembléia de avaliação das atividades da semana.
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Para educadora Elimar Tolentino é educadora luta pelo piso salarial é antiga e agora ganhou mais força
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