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ENTREVISTA Terça-feira, 17 de Maio de 2016, 07:00 - A | A

Terça-feira, 17 de Maio de 2016, 07h:00 - A | A

Entrevista

"Vou dar ênfase à saúde e educação", diz Pedro Chaves sobre mandato no Senado

Sobre o impeachment de Dilma Rousseff, ele diz que vai acompanhar o processo e deve seguir o posicionamento do PSC a favor de manter o afastamento da presidente

Adriel Mattos
Capital News

Toma posse nesta terça-feira (17) no Senado Federal o suplente Pedro Chaves (PSC-MS). Ele assume a vaga de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que teve o mandato cassado na última semana.

Deurico/Capital News

Pedro Chaves

Pedro Chaves

 

O Capital News entrevistou o novo senador de Mato Grosso do Sul no sábado (14), durante a Caravana da Saúde, em Campo Grande. Ele falou que deve seguir o posicionamento do partido e votar pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff, que responde por crime responsabilidade em processo de impeachment.

Chaves definiu a educação e a saúde como prioridades, lembrando que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) elencou esse último setor como prioridade do estado. Ele ressaltou que vai dar prosseguimento aos projetos deixados pelo antecessor.

Capital News: Como o senhor avalia o processo de cassação de seu antecessor [Delcídio]? E quais serão os projetos após tomar posse?

Pedro Chaves: Na verdade, o que aconteceu com o Delcídio demandou seis meses, acho que é um tempo para maturação do processo. Não houve precipitação, foi em decorrência do fato inicial do STF [Supremo Tribunal Federal]. Quanto ao meu mandato, eu vou inicialmente dar sequência a todos os projetos em andamento, principalmente aqueles que privilegiam os municípios, as demandas dos prefeitos, dos secretários de Saúde e de Educação, como prioridade absoluta. Depois disso, eu vou dar ênfase ao setor de saúde e de educação, que são pontos nevrálgicos, haja vista a sensibilidade do [governador] Reinaldo [Azambuja] em relação à saúde. Agora mesmo [sábado, 14 de maio], conversando com o secretário [de estado] de Saúde [Nelson Tavares] e de outros municípios estão com o mesmo problema. Então, estamos mantendo uma relação muito cordial, muito republicana com os outros partidos e estou muito feliz com a generosidade da população de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul. Pretendo deixar realmente meu gabinete para o nosso estado. O gabinete do Pedro Chaves é do Mato Grosso do Sul.

Capital News: Já entrou em contato com o Senado para definir detalhes da posse? Como o senhor vai acompanhar o impeachment contra a presidente afastada?

Pedro Chaves: Já conversei com o presidente [do Senado] Renan [Calheiros, do PMDB de Alagoas], ele foi muito cordial. Ele que marcou a posse comigo nesta terça-feira. Vamos ter também uma relação republicana, muito boa. Vamos estudar agora o caso da Dilma, os dados que ela vai apresentar e a partir daí, daqui a 180 dias, poder ser deliberado o afastamento definitivo. Eu acho que é uma situação bastante difícil, que tudo que foi falado nas [etapas] preliminares, não deve alterar muita coisa. Então, vamos aguardar os acontecimentos.

Capital News: O seu partido, o PSC, já se posicionou favorável ao impeachment da presidente. O senhor vai seguir esse posicionamento ou vai avaliar o caso?

Pedro Chaves: Nesse fato da presidente Dilma, como é um caso muito complexo, é um caso de ruptura, até porque ela foi eleita legitimamente e depois houve todo esse transtorno, temos que nos debruçar e realizar mais aprofundamentos com independência. Mas a tendência é seguir mesmo a orientação do partido.

Capital News: Em relação ao novo governo, qual a sua posição?

Pedro Chaves: Tudo o que for positivo para Mato Grosso do Sul, estarei à disposição. Já falei para o governador, faço questão de batalhar em todos os projetos para que a gente possa unir todos os senadores, todos os deputados para o nosso estado. Vou realmente estar alinhado com isso.

Capital News: Já conversou com a bancada no Senado [Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB]? Já têm projetos em comum sendo desenhados?

Pedro Chaves: Não, porque vou tomar posse nessa terça-feira, a partir daí vamos ter nossos encontros institucionais, e obviamente um deve apoiar o outro. Temos uma bancada forte, que é o Bloco Moderador, que reúne os senadores dos pequenos partidos, e a partir daí, defender os interesses cada um do seu estado.

 

Assista à entrevista:

 

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