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Tony não conseguiu atrair a classe empresarial mesmo após o título de 2016 e três semifinais seguidas
Sem poder contar com o dinheiro da participação da Copa do Brasil de 2020, que ficará com os finalistas do Estadual, o Sete de Dourados parece ter atingido o limite financeiro com o presidente Tony Montalvão e nesta quarta-feira (10) anunciou a desistência dos Estaduais de base que coloca a presença na Série A do próximo ano em dúvida.
Eliminado pela terceira vez seguida na semifinal, Tony contou que encaminhou 53 propostas de patrocínio solicitando contribuição de vários valores como de R$ 2 mil/mensais e sempre ouviu respostas negativas. Sem dinheiro para seguir o projeto que dura quatro anos, ele resolveu tirar a base dos estaduais e repensar a situação no profissional do próximo ano.
“Em nossas propostas explicamos que tivemos uma trajetória vitoriosa com título inédito estadual, participações em competições nacionais como Copa do Brasil e Série D, além de levar a nossa base para a Copa São Paulo, mas nem isso foi suficiente para atrair parceiros”, disse Tony explicando que o projeto para recolocar o Sete na Copa SP neste ano custaria em torno de R$ 70 mil.
Sobre o elenco do profissional, Tony disse que muitos já deixaram Dourados e outros estão terminando de arrumar as coisas para irem embora. Ele ressaltou, porém, que não ficará devendo para nenhum atleta.
“Tivemos um grupo muito bom, tanto de ambiente como de qualidade. Gostaria de ter acrescentado alguns reforços que certamente nos colocaria na decisão, mas estávamos trabalhando além do limite e não contratamos mais ninguém”, contou lembrando que até fora de Dourados teve que mandar os jogos devido não ter nem o apoio da administração pública no estádio Douradão.
Sobre o futuro, Tony quer se dedicar a parceria de sua empresa, a TNY Sports, com a equipe de Portugal Ginásia que acaba de subir para a terceira divisão nacional.
Já o profissional do Sete deve ser repensando até novembro no arbitral e não está descartado a desistência da competição no próximo ano. “Vamos ver o acontece, mas a ideia é também entregar a desistência no arbitral”, completou.
A desistência da competição passa também pela não participação de nenhuma competição de base neste ano que é um dos critérios exigidos no profissional.