O presidente do Operário FC, Estevão Petrallas, concedeu entrevista coletiva ao lados dos advogados Daniel Pasqualloto e Rafael Meireles do clube na manhã desta segunda-feira (19) repercutindo os acontecimentos que marcaram o final do clássico Comerário neste domingo (18), vencido pelo Comercial por 1 a 0. De acordo com o dirigente, o atacante Jefferson Reis, que agrediu um dos gandulas da partida após o gol adversário, foi afastado do elenco, mas o dirigente não falou em rescisão contratual.
Anderson Ramos/Capital News
Estevão Petrallas (centro) disse que Jeferson Reis foi afastado do elenco
Na avaliação de Petrallas, porém, o adversário também deve ser responsabilizado pelos acontecimentos. Segundo ele, o Comercial, por ser o mandante do jogo, é o responsável pelas atitudes das pessoas que trabalham na partida e o que desencadeou a confusão foi a comemoração do gandula, identificado como Tadeu Francisco. “Tudo começou quando o gandula, no momento do gol do time dele, ele vibra e faz gestos obscenos para a maior torcida de Mato Grosso do Sul”, disse.
Na versão dada pelo Operário, a agressão partiu inicialmente do gandula. “Começou ele [Tadeu] chutando o massagista, o massagista revidou e ele [Tadeu} foi para o banco de reservas do clube e continuou a provocação. Infelizmente o atleta Jefferson é o que aparece em cima do gandula agredindo e dando a impressão que só houve aquilo”, explica.
Em relação ao futuro de Jefferson no clube, a decisão deve sair nos próximos dias. O afastamento do jogador do elenco foi, segundo o Jurídico, o primeiro passo. “Há o contrato vigente com o atleta, então o primeiro passo do nosso procedimento interno é o afastamento. Agora os órgãos competentes vão se reunir e deliberar sobre esse contrato. É o início do procedimento sobre a avaliação da conduta do jogador”, explica Rafael Meireles, um dos advogados do Operário.
Entenda
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Confusão após o gol envolveu vários jogadores
A confusão em que se envolveram diversos jogadores dos dois clubes começou após o gol de Jô, para o Comercial, aos 45 minutos do segundo tempo. Assim que o jogo reiniciou, a bola estava no ataque do Operário quando a partida foi paralisada. Ao fundo do gol do Operário, Jefferson Reis, que já havia disso substituído, imobilizou um dos gandulas e o socava e só parou quando chegaram jogadores do banco do Operário e o atacante Jô, do Comercial, para separar.
Depois, porém, a confusão voltou entre os jogadores, o que fez o árbitro Paulo Henrique Salmázio expulsar o lateral Jéferson Baré, do Comercial, o atacante Rodrigo Grahl e o próprio Jefferson, do Operário para, em seguida, encerrar a partida.
A agressão levou o massagista do Operário, Raul dos Prazeres, que teria atingido o primeiro soco no gandula após este comemorar o gol colorado, e Jeferson Reis para a 5ª DP, no bairro Piratininga, onde permaneciam até o fechamento da matéria. Eles estavam acompanhados do presidente Estevão Petrallas e outros membros da diretoria do clube. O gandula Tadeu, que também é jogador das categorias de base do Comercial, também foi ouvido.
