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Esporte Quarta-feira, 12 de Abril de 2017, 17:02 - A | A

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Estadual de futebol 2017

Operário alega que prazo para punição por escalação de atleta se encerrou e quer extinção da pena

Jurídico do Galo acredita que clube não deva ser punido já que denúncia aconteceu fora do prazo

Gian Nascimento
Capital News

Divulgação/Operário-MS

Urso TJD-MS x Operário Dr Rafael

Dr Rafael Meireles, Advogado do Operário Futebol Clube

Diante da possibilidade de julgamento pela possível escalação irregular do meio-campista Eduardo Arroz nas partidas do Campeonato Sul-Mato-Grossense, o Operário já prepara a defesa para o caso e não crê que deva acontecer punição. Mesmo admitindo que o jogador devia, de fato, ter cumprido a punição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o Departamento Jurídico do alvinegro acredita que o prazo para punição já se encerrou e por isso a pena deva ser extinta.

Para o advogado do clube, Rafael Meirelles, que responde pelo caso, o artigo 165-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) dá amparo ao clube nesta situação, já que prevê até 60 dias para que a Procuradoria denuncie a irregularidade, o que não ocorreu.

No entendimento de Meirelles, a pena devia ter sido cumprida nas duas primeiras partidas do Operário no estadual, contra União ABC e Novo, em 1º e 5 de fevereiro, respectivamente. Assim, os rivais poderiam denunciar até a última quarta-feira (5/4), o que não aconteceu. “A tese do Operário é que o fato está prescrito. Por isso acionamos a Justiça para que esta rejeite as denúncias de infração e que seja extinta a pretensão punitiva, tanto de jogador quanto de clube”, disse Meirelles ao Capital News.

Entenda o caso
O volante Eduardo Arroz, campeão pelo Sete de Dourados em 2016 e nesta temporada um dos destaques do Operário até o momento, foi expulso na segunda partida semifinal do ano passado, coincidentemente em um jogo entre Sete e o Galo. Cumpriu a suspensão automática no primeiro jogo da final entre Sete e Comercial e depois voltou a campo na partida decisiva.

O problema é que o julgamento que analisou a expulsão aconteceu apenas no dia 31 de maio, após o termino do campeonato, e o jogador foi punido com três jogos de suspensão. Como já havia cumprido um, sobraram dois para competições posteriores. O Sete não recorreu da decisão.

Anderson Ramos / Arquivo Capital News

Urso TJD-MS x Operário Eduardo Arroz

Operário alega que prazo para punição por escalação do Eduardo Arroz se encerrou


Como o jogador não esteve contratado por nenhuma equipe do Estado para a Série B, onde poderia cumprir a pena, Arroz deveria ficar fora dos dois primeiros jogos pelo time que defenderia em 2017 no Estadual, no caso o Operário, o que acabou não acontecendo.

Nesta terça-feira (11), Urso e Comercial entraram com ações no TJD. O time de Mundo Novo, eliminado pelo Galo nas quartas de finais, pede a eliminação do clube do estadual e assim, a vaga nas semifinais para enfrentar o Corumbaense, enquanto o Colorado alega que a irregularidade prejudicou toda a competição e mesmo já eliminado, quer a paralisação. O TJD ainda não se manifestou, mas a tendência é que o julgamento seja marcado nesta quinta-feira (13).

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