A temporada 2018 marcou a volta dos títulos na galeria do Operário FC mas, mesmo sem disputar mais jogos profissionais desde a conquista do Campeonato Estadual em abril, o ano ainda marca decisões importantes no clube. No dia 21 de agosto tem eleição para presidente e, a situação do política do clube parece não ser problema. Dono do cargo desde 2014, Estevão Petrallás deve ser eleito para mais um mandato, mas deixar o posto no próximo ano.
Divulgação/OFC
Estevão Petrallás (esq) deve ficar à frente do Operário até abril do próximo ano
O acerto para isso já estaria sendo costurado, segundo o próprio Petrallás. O dirigente falou sobre essa possibilidade para a Web Rádio Esporte MS nesta semana. “A conversa tem sido franca e aberta com todos os diretores, inclusive o Conselho Deliberativo. Não fazemos nada escondido”, afirmou. Segundo ele, o novo mandato teria o Coronel Nelson, um dos atuais conselheiros, como vice e esse assumiria o clube a partir de abril do próximo ano. Isso porque Petrallás é um dos novos vice-presidentes da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e, assumindo, precisa se desvincular do clube alvinegro.
Para Estevão Petrallás, o título que encerrou um jejum de 21 anos no Operário, colocou o clube em um novo nível e o planejamento para o próximo ano, por isso, é urgente. “Chegamos em um patamar que precisamos ter muita responsabilidade daqui para frente. Antes estávamos resgatando o clube, agora precisamos projetar 2019 em que vamos disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil, a Copa Verde e sem esquecer o Regional. Então, tanto eu como o Nelson e os demais diretores temos que ter ciência que não é mais aos trancos e barrancos. Vamos tentar diminuir os trancos e os barrancos e estamos buscando parceiros, alguns até fora de Campo Grande”, disse.
Morenão
Se politicamente a situação parece bem encaminhada no Operário, um problema de todos os anos dos times de Campo Grande afeta ainda mais o clube, a liberação do Estádio Morenão para receber os jogos nas diversas competições que vai disputar. O local voltou a ser interditado após os jogos do Novo FC pelo Campeonato Brasileiro esse ano.
Como o Governo do Estado e a Federação de Futebol de Mato Grosso do sul não cumpriram seguidos acordos de melhorias, a liberação para o próximo ano sem reformas parece cada vez mais difícil.
Anderson Ramos/Capital News
Morenão volta a depender do Ministério Público para receber jogos em 2019
No primeiro semestre, o Morenão foi liberado parcialmente, sendo isolada as arquibancadas descobertas que deveriam ser posteriormente adequadas, o que não aconteceu. “Nós entendemos que daqui para frente e em 2019 teremos muita dificuldade de abri-lo de forma isolada. Temos que de fato nos juntarmos com a Prefeitura, quem sabe nesta mesma linha que foi feito com o Ginásio Guanandizão. A diferença é que o Morenão é do Ministério da Educação. Acredito que primeiro precisa haver essa desvinculação do estádio do campus universitário”.
Para buscar um acordo com o MPE, uma nova proposta deve ser apresentada segundo o dirigente. “Os clubes estão se juntando para que a gente possa buscar o Governo do Estado e apresentar ao Ministério Público um cronograma de obras com a anuência do Corpo de Bombeiros. Se o Morenão continuar abrindo pelo menos o lado das arquibancadas cobertas com as modificações que precisam, vamos continuar não usando a área descoberta porque entendemos que não vai oferecer risco. É uma questão burocrática, mas realmente o Morenão pode ser um dos problemas nossos para 2019”, conclui o presidente do Galo, preocupado.
