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Esporte Sábado, 16 de Setembro de 2017, 09:33 - A | A

Sábado, 16 de Setembro de 2017, 09h:33 - A | A

Fim da Linha

Sem títulos, Paulo Telles deixa comando do futebol comercialino

Presidente Válter Mangini não descarta retorno do Gerente do Comercial em 2018

Rogério Vidmantas
Capital News

Anderson Ramos / Arquivo Capital News

Comercial TJD-MS x Operário 1ª foto na interna

Presidente Valter Mangini Comercial

 

A passagem de Paulo Telles como gerente de futebol do EC Comercial terminou, à princípio, nesta semana. O próprio dirigente anunciou sua saída do clube, situação confirmada em seguida pelo presidente Valter Mangini. Os dois, porém, não descartam o retorno da parceria no início da próxima temporada.


Em sua página pessoal no Facebook, Paulo Telles postou na última terça-feira (12) uma mensagem que indicava o seu desligamento do Comercial. “O ciclo foi pequeno, curto, mas foi intenso. Novas metas e novos trabalhos. Vida que segue”, escreveu.

Procurado pelo Capital News, Telles afirmou que a saída foi em comum acordo. “Realmente saí do Comercial depois de uma conversa amigável com a diretoria e o presidente Válter Mangini. Neste período procurei ser o mais profissional possível, vestindo a camisa do clube como se fosse a minha e não tenho dúvida de que dei o meu melhor para atingirmos os objetivos”. De acordo com o dirigente, sua saída é explicada também pela situação financeira colorada e, sem atividades até 2018, estaria sem função.

Pelo lado do Comercial, Válter Mangini explicou que a saída de Telles é explicada pela inatividade no restante da temporada. “Na verdade os contratos com Comissão Técnica e Jogadores foram até o final dos campeonatos, sem necessidade de renovação. Com o Paulo não foi renovado porque estamos sem atividades no [futebol] profissional”. O presidente, no entanto, não descarta o retorno em janeiro. “É um excelente profissional e até pode retornar em 2018”, afirmou.

Anderson Ramos / Arquivo Capital News

Paulo Telles - Comercial 2017

Paulo Telles deixa o Comercial por não ter competições por agora , diz o Presidente Comercialino


O discurso de uma possível volta também é feito por Paulo Telles. “Se ele [Válter Mangini] entender que em janeiro possa ser útil ao Comercial estaremos disponíveis novamente para conversar, senão, vida que segue e fica um carinho muito grande pelo clube e pela torcida”.

Competições
Telles chegou ao Colorado para planejar a temporada 2017 e a participação do clube em três competições, mas o fato de não ter obtido os resultados esperados pode explicar a sua saída. No Campeonato Estadual, o Comercial parou nas quartas de final ao ser derrotado duas vezes pelo Sete de Dourados. Já na Copa do Brasil, a expectativa era que o clube chegasse, pelo menos, à segunda fase, o que não aconteceu graças à derrota em casa para o Joinville-SC por 1 a 0. Na Série D do Campeonato Brasileiro, o time vermelho até conseguiu uma inédita classificação para a segunda fase, mas parou aí, sendo eliminado pelo Ceilândia.

A desclassificação na Copa do Brasil Paulo Telles coloca na conta da arbitragem. “Nós montamos um elenco tecnicamente bom, mas naquele jogo contra o Joinville se analisa apenas o resultado, mas o Comercial foi literalmente roubado dentro do Morenão. O adversário fez o anti-futebol, marcou um gol e se classificou. Tivemos inúmeras chances, pênalti não marcado e gol legal anulado”, analisa.

Em relação ao Estadual, Telles reclamou dos bastidores do clube e falou de pessoas que levaram informações do clube para fora, inclusive adversários. “Criou-se um clima desfavorável dentro do clube com informações que deveriam ser internas do clube sendo vazadas. O trabalho do Márcio não rendeu e quando ajustamos a casa com a vinda do Válter Ferreira e alguns jogadores já foi tarde, embora a expulsão do Rodrigo Ost tenha sido o fator preponderante para a desclassificação”.

Já no Campeonato Brasileiro falou mais alto os problemas financeiros que o clube enfrentou durante a competição e os salários atrasados com consequente saída de jogadores impediu o clube de ter ido mais adiante. “Nós tínhamos tudo para estarmos hoje comemorando o acesso ou quem sabe o título, mas o abandono de investidores fez com que entrássemos em declínio financeiro e muitas vezes os jogadores sequer queriam entrar em campo, mas conseguimos, graças a minha liderança e do Válter Ferreira, seguramos o time até o último jogo em Ceilândia e ficamos perto da vaga, mas esbarramos em outra arbitragem desastrosa”, concluiu.

Anderson Ramos / Arquivo Capital News

Comercial Estadual 2017

O time do Comercial do Estadual não foi o mesmo do Brasileirão, talvez um erro de gestão do gerente Telles!

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