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Nacional Segunda-feira, 20 de Março de 2017, 11:13 - A | A

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Operação Carne Fraca

Ministro irá divulgar o nome e dados das empresas citadas na Operação Carne Fraca

China e União Europeia solicitaram informações formais ao Brasil sobre esquema

Flavia Andrade
Capital News

Geraldo Magela/Agência Senado

Ministro da Agricultura, Blairo Maggi é um dos maiores produtores de soja do Brasil

Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Neste domingo (19) o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou que a China e a União Europeia solicitaram informações formais ao Brasil sobre a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal. 

 

De acordo com o ministro, seis dos 21 frigoríficos investigados pela Carne Fraca exportaram produtos nos últimos 60 dias. Maggi, garantiu que divulgará os nomes e os dados das empresas citadas nas investigações e para quais elas exportaram nos últimos dois meses. 

 

Ainda segundo o ministro “Acho absolutamente natural que os países façam isso, estaremos prontos a responder a todos os países que se manifestarem. Temos que ser o mais transparentes possíveis nesse processo, dando as informações, de imediato, para que não restem dúvidas sobre a lisura do processo que o Brasil tem”, pontua Blairo Maggi. 

Ministro relatou e discordou sobre a forma como a Polícia Federal divulgou as informações, inclusive antes de informar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sobre as informações relacionadas a Operação Carne Fraca. 

 

Segundo o ministro, as empresas investem “milhões e milhões de dólares” para conquistar mercados e não seria razoável que elas misturassem papelão para aumentar seus lucros. “A narrativa nos leva a criar fantasias”, disse Maggi. O ministro disse ainda que o uso de ácido ascórbico e carne cabeça de porco nos embutidos, por exemplo, é permitido e a forma como essas informações foram divulgadas não foi adequada.

 

“No regulamento está lá escrito [que pode usar cabeça de porco] em percentuais em determinados produtos. Portanto, a fala de uma empresa que está comprando matéria prima para utilizar em A, B ou  C é permitido, não tem irregularidade nesse processo. Em função da narrativa é que se criou esse grande problema que estamos aqui colocados hoje”, conclui ministro.

 

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