Indústria de Defesa & Segurança
O Ministro acredita que as Forças Armadas merecem tratamento diferenciado do restante da população
O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (17), em reunião com correspondentes estrangeiros, que a reforma da previdência também atingirá os militares.
Jungmann defende que seja fixada idade mínima para as Forças Armadas, porém haverá um regime direfenciado. De acordo com o ministro, na quinta-feira (18), haverá reunião do Conselho Militar de Defesa para tratar do assunto e definir qual será a idade mínima para a categoria.
Segundo ele, "o militar não têm Previdência. Civil faz greve, o militar não. O civil pode se sindicalizar, o militar não pode. O civil tem FGTS, o militar não têm. O militar não pode ter segunda atividade, a dedicação é absolutamente exclusiva. O civil tem direito de protestar, reivindicar, se expressar, se organizar politicamente, o militar não tem."
Inicialmente, a intenção do Governo Federal era de que os militares fossem incluídos no regime geral da reforma, com idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, porém, encontrou grande resistência.
Com a negativa, o Presidente Michel Temer negocia para que a categoria seja incluída na mesma regra das políciais, com idade mínima de 55 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Desde o final de 2016, há um grupo de trabalho destinado às negociações.
Atualmente, os militares se aposentam com 30 anos de contribuição, independente da idade, e recebem integralmente o valor correspondente ao salário.
A previsão é que a proposta só seja enviada ao Congresso depois da aprovação da reforma geral da Previdência. Isso se ela ocorrer.