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Quinta-feira, 18 de Maio de 2017, 08h:57

Donos da JBS gravaram Aécio Neves pedindo propina de R$2 milhões

O Senador diz estar absolutamente tranquilo diante das acusações

Maisse Cunha
Capital News

Gazeta do Povo

Donos da JBS gravaram Aécio Neves pedindo propina de R$2 milhões

 

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS, um dos maiores financiadores de campanhas eleitorais do país, entregaram uma gravação em que o Senador Aécio Neves, Presidente Nacional do PSDB, aparece pedindo propina de R$2 milhões aos empresários.

O dinheiro, segundo o senador, seria para pagar seus advogados, no âmbito da Operação Lava Jato. O material, gravado em março deste ano,  tem cerca de 30 minutos.

O tucano indicou seu primo, Frederico Pacheco de Medeiros, ex-diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e um dos coordenadores da campanha do tucano à Presidência em 2014, para receber o dinheiro:  “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c.”, diz Aécio.

O registro foi feito pelo próprio Joesley, no dia 24 de março, durante encontro com o tucano, no Hotel Unique, em São Paulo.

A gravação faz parte do material que os irmãos entregaram à Procuradoria-Geral da República para fechar um acordo de delação premiada.

A Polícia Federal já tinha conhecimento prévio do fato e rastreou o caminho do dinheiro, por meio do rastreamento do número de série das cédulas e, também, com chip na mochila utilizada para a transação.

DCM

Donos da JBS gravaram Aécio Neves pedindo propina de R$2 milhões

Amigos, Senadores Zezé Perrella e Aécio Neves

O dinheiro foi depositado em favor de um a empresa do também Senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Em 2013, um helicóptero, registrado em nome de sua família, foi encontrado pela Polícia Federal com 450kg de cocaína.


Com a palavra,  o Senador Aécio Neves:

“O senador Aécio Neves está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários.”