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Segunda-feira, 05 de Junho de 2017, 08h:43

Mortes no trânsito aumentam 150% em Três Lagoas nos primeiros meses de 2017

Cinco pessoas morreram nos cinco primeiros meses do ano, mais que o dobro de 2016

Gian Nascimento
De Três Lagoas para o Capital News

Celso Daniel/TVC

 Mortes no trânsito aumentam 150% em Três Lagoas nos primeiros meses de 2017

Em 2017, cidade tem média de uma morte no trânsito por mês

A cidade de Três Lagoas registrou um aumento significativo no número de mortes no trânsito nos cinco primeiros meses de 2017. Até o momento, segunda dados do setor de estatísticas da Polícia Militar, cinco pessoas foram vítimas fatais de acidentes na cidade, um índice 150% maior que no ano passado, quando apenas duas pessoas morreram no trânsito entre janeiro e maio.

O número de mortes se elevou tanto que aproxima-se até do total registrado em 2016, quando apenas oito pessoas foram vítima entre janeiro e dezembro, uma média de um óbito a cada um mês e meio, enquanto neste ano a média é de um por mês. De acordo com os dados do Departamento Municipal de Trânsito, os números no ano passado chegam a 14 mortes, já que o setor considera mortes ocorridas até 30 dias após o acidente, enquanto a PM apenas aquelas consumadas no momento do acidente ou horas depois.

Entre os acidentes, duas ocorreram com motociclistas que se chocaram com carros – a última, há pouco mais de uma semana, da estudante Karen Letícia, que foi atingida por um carro – e a mais chocante foi do jovem José Welinton Silva, que foi atropelado por um caminhão roubado horas antes.

Devido ao crescente aumento de acidentes, os vereadores cobram na Prefeitura a instalação de redutores de velocidade e de lombadas eletrônicas nas principais avenidas, onde têm se registrado o maior número de colisões. Apesar do problema com buracos e falta de pavimentação, a diretora de Trânsito do município, Creuza Ramos, disse ao site JP News, não acreditar que isso tem influenciado no aumento dos dados.

“Não houve [acidente] por falta de sinalização. Não somos peritos, mas se analisarmos, podemos observar que houve falha humana. Em dois acidentes, condutores invadiram a [faixa] preferencial, onde há o sinal de ‘pare’, que não foi respeitado. A questão mesmo é de comportamento. O Código de Trânsito, inclusive, não permite que redutores de velocidade sejam implantados sem um estudo de viabilidade. Não é isso que vai diminuir os acidentes e sim a mudança no comportamento dos motoristas”, concluiu a diretora.