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Terça-feira, 29 de Agosto de 2017, 19h:15

Gaeco também vasculhou sala no TCE e outros 19 lugares da Capital

Até gaveta cheia de dinheiro, os agentes encontraram na abordagem que apura fraude em contratos públicos

Danilo Galvão
Capital News

Divulgação / GAECO

GAECO

Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado em operação para coleta de evidências

Expedidos pelo Juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, da comarca de Campo Grande, uma série de 29 mandados de busca e apreensão, mais nove de prisão preventiva e três de prisão temporária, determinaram ações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nesta terça-feira (29). Em balanço divulgado sobre o dia intenso da Operação Antivírus, o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) relatou detalhadamente os alvos de abordagem, informando até que foi sequestrado pelos agentes a quantia de R$ 95 mil em uma das visitas surpresa.

 


A investigação também coletou documentos, computadores e celulares dos suspeitos e eventuais comparsas da suposta organização criminosa dedicada à prática de crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato e lavagem de dinheiro.  A Operação Antivírus apura contratos da área de tecnologia da informação com o Poder Público Estadual celebrados desde 2015. Na nova fase dos trabalhos do Gaeco é previsto a verificação do material apreendido e oitiva com os potenciais envolvidos no caso.


Foram presos em caráter temporário, de acordo com o balanço do MPE-MS, o ex-deputado estadual, Ary Rigo, e o sócio proprietário da Digitho, empresa de nome fantasia Digix. O parlamentar por quatro mandatos na Assembleia seria um facilitador da empresa de Jonas Schimidt das Neves em concorrências por contratos com o Poder Público. Claudinei Mastins Rômulo, secretário da Digitho foi o terceiro detido em prisão temporária na Antivírus.

Já no que diz respeito às prisões preventivas, os agentes efetuaram a condução coercitiva do diretor presidente do Detran-MS, Gerson Claro,  e dos sócios da Pirâmide Informática, José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos. Utilizando do recurso da dispensa de licitação, a autarquia sob o comando de Gerson Claro contratou a empresa para prestar o serviço de registro de documentos.  O vínculo teria uma previsão de repasse de R$ 7,4 milhões do cofres do Governo do Estado, para um escritório onde a contratada divide espaço com um pequeno escritório de contabilidade.

Completam a lista dos que foram presos preventivamente pelo Gaeco, Erico Mendonça e Gerson Tomi, servidores do Detran-MS, onde ocupam respectivamente os cargos de Diretor de Administração e Finanças e a Diretoria de Tecnologia. Celso Braz de Oliveira Santos, chefe de Departamento na autarquia também foi detido.

 

Produtora, empresas de T.I, residências e escritórios públicos na mira do Gaeco
Foram ao todo vinte locais alvo dos 29 mandados de busca e apreensão. O grupo de atuação especial do MPE-MS fez o recolhimento de provas em residências dos investigados, no Detran-MS, na produtora de vídeos que atende o Executivo de Mato Grosso do Sul e trabalhou em campanhas do PSDB, a Casa Brasil, as empresa de T.I, Digitho, Pirâmide, Master Case Digital Business, na Secretaria de Estado de Governo e no gabinete de Parajara Moraes Alves Júnior, lotado no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

O funcionário da corte de contas, e que é investigado na Antivírus, é sócio de três empresas que oficialmente possuem juntas um capital social de R$ 20 mil. Defesa de direitos sociais, contabilidade e assessoria rural são algumas das demandas que Parajara oferece à sociedade além de ser funcionário público.

 

Um dos microempreendimentos dele, atende, no entanto, soluções para a reparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados, expertise da área de Processamento de Dados. (Material atualizado para acréscimo de informações em 30 de agosto de 2017