Deurico/Arquivo Capital News
Especialistas de diversas áreas pediram exoneração dos cargos na saúde pública
Cerca de 188 médicos de diversas especialidades deixaram a rede pública em 2017. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), os pedidos de demissões ocorreram principalmente durante o primeiro semestre do ano.
O mês de março foi o que teve o maior número de desligamentos, 32 médicos deixaram o quadro de servidores da Sesau. Em outubro, os pedidos de demissão começaram a diminuir, três médicos encerraram o atendimento na rede pública.
A Secretaria de Saúde explica que é uma ação sazonal. “Eles assumem residência médica em hospitais e não conseguem conciliar o horário com a carga de plantões”.
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Entretanto, o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS) informou que os pedidos de demissão estão ocorrendo devido a falta de estrutura, medicamentos, equipamentos adequados para trabalho e redução salarial.
O diretor de comunicação do Sinmed-MS, Dr Renato Figueiredo, explica o número elevado de pedidos de exoneração de concursos públicos. “A estabilidade oferecida por um concurso público em meio a crise econômica é importante. Mas, devido a falta de condições de trabalho, os médicos estão pedindo exoneração dos cargos. Os profissionais que estão se desligando do quadro de servidores são especialistas que trabalham há anos na área e não quem está começando uma residência”, afirma.
O sindicato ainda informou que a questão da falta de estrutura, medicamentos, equipamentos adequados para trabalho e a redução salarial foi discutida em reuniões cerca de seis meses atrás. “Os pedidos de demissão são consequências de decisões políticas e infelizmente quem perde com isso é a população, que fica sem atendimento especializado”, ressalta o diretor de comunicação.