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Domingo, 03 de Dezembro de 2017, 12h:57

Quais são as vantagens das universidades privadas em relação às públicas no Brasil?

Por Débora Ramos

Da coluna Educação e Carreira
Artigo de responsabilidade do autor

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As universidades privadas podem apresentar vantagens de acordo com os objetivos da sua graduação e o seu ritmo de vida

Em meio a inúmeras greves e problemas orçamentários graves, as universidades públicas deixaram de ser a melhor opção para quem busca o ensino superior no país
           
Atualmente, a educação não tem sido uma prioridade dos governos federal e estadual brasileiros. A diminuição do orçamento destinado à ciência e tecnologia e às escolas de nível superior e técnico, como parte de um ajuste fiscal mais amplo, tem agravado uma situação de crescente precariedade nessa área. Nesse contexto, a falta de verbas, seja para a manutenção dos serviços de limpeza dos prédios, seja para o pagamento dos salários dos professores e funcionários, tem sido uma realidade cada vez mais comum nas universidades públicas, estaduais e federais.

 

Para o aluno matriculado nessas universidades a situação pode ser, muitas vezes, desesperadora. Além de ter de enfrentar um cotidiano marcado pela precariedade das instalações para a realização de suas atividades educacionais, as greves recorrentes podem levá-lo a adiar a contragosto a obtenção do diploma, certificado de primeira necessidade para uma melhor colocação no mercado de trabalho. 

 

Essa situação já apresenta reflexos nas avaliações do ensino superior brasileiro. Um exemplo da queda do desempenho das universidades públicas são os dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2015, recentemente divulgados em avaliações produzidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com esse exame, apenas 8,9% dos cursos dessas universidades obtiveram a pontuação máxima. Foram considerados 8.121 cursos das áreas de ciências sociais, ciências humanas e afins, e cursos tecnológicos na área de gestão de negócios, lazer, produção cultural e design.

 

Outro dado bastante preocupante para o ensino superior público divulgado pelo Inep é o Conceito Preliminar de Curso (CPC). Trata-se de um índice que agrega os dados de desempenho dos alunos no Enade, a formação e carga horária dos professores e a percepção dos estudantes sobre a infraestrutura do curso. Nessa avaliação, apenas 0,4% dos cursos públicos obtiveram a nota mais alta, enquanto essa nota foi obtida por 1,5% dos cursos das universidades privadas.

 

Essas dificuldades e reveses pelos quais vem passando o ensino superior público já vêm sendo notados no mercado de trabalho. A formação em uma universidade pública deixou de ser o principal fator de excelência na avaliação de um currículo. Outros elementos como experiência profissional ampla e variada e formação focada no mercado podem ser muito mais importantes em uma futura contratação - fatores nem sempre priorizados na formação acadêmica nas universidades públicas.

 

Diante dos novos desafios do mercado de trabalho brasileiro e das dificuldades das universidades públicas em oferecer uma resposta eficiente e inclusiva, alguns grupos educacionais de ampla experiência no país, como as Faculdades Estácio, têm encarado esse momento como uma importante janela de oportunidades. O investimento em infraestrutura, tecnologia e formação dos profissionais que vem sendo realizado por esse grupo nos dias atuais visa justamente a produzir uma mudança no lugar dessas universidades na hierarquia das instituições de nível superior.

 

O modelo inclusivo de ensino realizado pelas universidades particulares, um ensino de massa, longe de ser necessariamente inferior ao ensino elitizado das públicas pode ser melhor e mais eficiente. Principalmente quando o objetivo é a entrada no mercado de trabalho.

 

Nesse caso, o ensino privado pode compensar - e muito! A primeira vantagem das universidades privadas é o acesso amplo e diversificado - inclusive geograficamente, sendo possível o acesso em inúmeras cidades do interior. Dessa forma, muitas vezes, trata-se da única opção para os que querem ou precisam permanecer próximos aos seus familiares em suas cidades de origem, economizando, assim, com aluguel, transporte etc.

 

Da perspectiva do ensino, além do foco no mercado e do investimento em colocação profissional, com o fornecimento de ferramentas para a busca e realização de estágios, desde os momentos iniciais da formação, as privadas destacam-se pelos professores e pela infraestrutura. Nas privadas, os professores são obrigados a dar mais atenção aos alunos. Como não possuem a estabilidade dos professores concursados das públicas, precisam estar constantemente atualizados e atentos às demandas dos alunos. E a infraestrutura também deve atender, de maneira mais direta, às necessidades daqueles que contratam o serviço.

 

Adicionalmente a todas essas vantagens, o estudante ainda pode obter bolsas, descontos e inúmeras facilidades de financiamento de seus estudos nas universidades privadas. No caso do ingresso pelo Prouni, por exemplo, em universidades particulares que consideram a nota do Enem, é possível obter descontos parciais e até mesmo integrais nos valores das mensalidades. Outra forma de obtenção de descontos é o programa Educa Mais Brasil, com mais de 18 mil instituições parceiras, que disponibilizam descontos de até 70% em suas mensalidades.

 

Diante de todas essas possibilidades, você já não tem mais desculpas para adiar a obtenção de uma formação universitária!