O custo da cesta básica em Campo Grande teve a maior queda de preço entre as capitais em em 11 meses. De acordo com levantamento realizado pelo Dieese, no acumulado do ano, todas as capitais tiveram redução. O recuo mais expressivo foi de 14,43%, para os campo-grandenses, onde o valor da cesta atingiu R$ 364,33.
O valor do conjunto de itens que compõem a cesta básica caiu em novembro em 17 das 21 cidades pesquidas, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores quedas ocorreram no Rio de Janeiro (3,25%), Belém (2,26%) e Brasília (2,12%). Na Capital, a cesta teve queda de 1,22% no mês passado.
As quatro altas foram registradas no Nordeste: Aracaju (0,21%), Maceió (0,44%), Recife (0,58%) e Natal (0,96%). Mas foram os consumidores gaúchos que pagaram mais caro pela cesta básica nesse período. Em Porto Alegre, o valor atingiu R$ 444,16, 0,61% abaixo do verificado em outubro.
Os riograndenses também foram os que mais comprometeram o orçamento na compra dos produtos. Eles gastaram o equivalente a 51,52% do valor líquido do salário mínimo vigente de R$ 937.
O terceiro maior valor da cesta básica foi constatado em Florianópolis (R$ 415,00), onde o preço médio teve retração de 0,34% em relação a outubro, de 8,55% desde janeiro e de 10,99% em 12 meses. O valor mais baixo foi encontrado em Salvador (R$ 315,98), seguida de João Pessoa (R$ 324,90) e Recife (R$ 327,85).
De acordo com estimativa, o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 3.731,39 para a compra da cesta e para as despesas essenciais de uma família de quatro pessoas. Esse valor equivale a 3,98 vezes o mínimo em vigor. Em igual mês de 2016, o ganho foi avaliado em R$ 3.940,41 ou 4,48 vezes o salário mínimo, que, naquela época, era de R$ 880.