Marcos Corrêa/PR
Michel Temer disse que vai apoiar o candidato que continuar trabalho em prol de reformas
O presidente da República Michel Temer foi severo ao falar sobre de se não aprovar a Reforma da Previdência. O presidente foi questionado sobre a possibilidade de a proposta passar pelo Congresso e ser sancionada por ele. As declarações foram dadas durante entrevista ao jornalista Domingos Fraga, colunista do portal R7. “O povo está percebendo a indispensabilidade da Reforma da Previdência. Percebendo que ela não é “bicho papão”, que vai manter as pensões. Caso contrário, se não fizermos a reforma da previdência, o que vai acontecer é que as pensões serão cortadas; o vencimento dos servidores públicos será cortado como aconteceu em outros países”.
Além de analisar os resultados para Regime Geral de aposentadorias, Temer disse ter “convicção” quanto a aprovação do texto com votação marcada para 18 de fevereiro de 2019. “Tenho convicção de que sim. Porque a reforma protege os mais pobres e exclui aqueles (só dando um exemplo: os trabalhadores rurais, os que recebem o Benefício de Prestação Continuada, esses estão todos excluídos) e, portanto, só abrange aqueles que ganham acima do teto da Previdência Social. Mesmo esses que ganham R$ 25, 30 mil poderão fazer uma previdência complementar para garantir a integralidade. Acho que isto já está muito bem acolhido pela população”, respondeu o presidente.
Em texto publicado no portal, o colunista do R7 lembra que a reforma é rejeitada pela maioria dos brasileiros e que tem efeito direto sobre a popularidade do presidente, que extremamente baixa. Fraga questiona o que é possível fazer para elevar os índices de aceitação junto a população brasileira. “Fazer o que estou fazendo. Não me incomodar com a questão da popularidade, porque ela virá. A popularidade virá pelo reconhecimento e as primeiras medidas que nós tomamos não são medidas populistas e, aparentemente, podem até parecer impopulares”, lembrou Temer.
Apesar disso, fez questão de enfatizar que as medidas são consideradas prioritárias para a retomada do crescimento e que a popularidade virá assim que forem percebidos os efeitos positivos dos planos do governo. Segundo Temer, a mudança de cenário já começa a acontecer. “Quando houver o reconhecimento, a popularidade subirá. Aliás, há poucos dias, dando uma entrevista coletiva, eu até fiz uma brincadeira dizendo que a minha popularidade cresceu 100%, ou seja, subiu de 3% para 6%. Parece que não é nada, mas se continuar subindo nesse ritmo, o reconhecimento virá logo”, sentenciou.
O titular do Palácio do Planalto ainda foi questionado político em 2018 e os encaminhamentos para possíveis apoiados por eles nas eleições. Temer voltou a condicionar a aprovação das medidas planejadas por seu governo para garantir aval ao candidato que quiser tomar seu lugar. Quem é o seu candidato à presidência da República, perguntou Fraga. “É aquele que acolher, prestigiar, incentivar, elogiar e praticar as reformas que estamos fazendo no nosso governo. E, evidentemente, se outras reformas ainda demandarem execução, que elas venham a ser feitas no próximo governo. Esse será o meu candidato à Presidência da República”, indicou Temer.