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Sexta-feira, 05 de Janeiro de 2018, 17h:36

Em meio a polêmica de processos trabalhista, posse de Cristiane Brasil é marcada para dia 9

Ministro Marun defendeu futura colega de Esplanada e disse que recuar da indicação seria “absurdo”

Flávio Brito
Capital News

Wilson Dias/Agência Brasil

Filha de Roberto de Jefferson

Cristiane Brasil assume a pasta após divulgação de queda nos empregos

A posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como titular do ministério do Trabalho e Emprego está marcada para a próxima terça-feira (9), no Palácio do Planalto, às 15h. O convite do presidente Michel Temer foi aceito ontem (3) pela parlamentar, após encontro entre ele e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que é pai de Cristiane.

 

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) descartou nesta sexta-feira (5), em entrevista ao blog da jornalista Andreia Sadi, a possibilidade de o governo recuar da nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho por conta de uma condenação dela em dois  processos trabalhistas. Em dessas ações, a nova ministra foi condenada a pagar uma indenização de R$ 60 mil.

 

Segundo as informações divulgadas por Sadi, ara Carlos Marun, o governo recuar da decisão de nomear Cristiana Brasil pelos processos seria "um completo absurdo”. “Recuar? Não vamos recuar, não tem alteração. O governo está contente com o fato de ela ter aceitado o desafio, e acho que seria completo absurdo ela ficar inabilitada por responder por um processo trabalhista”, disse o ministro ao blog.

 

O comando da pasta está vago desde a semana passada, quando Ronaldo Nogueira pediu demissão para se candidatar às eleições em outubro deste ano. Para concorrer a cargos eletivos a nível nacional, ministros de Estado precisam se afastar do cargo com seis meses de antecedência. Até abril, portanto, outros assessores diretos do presidente devem deixar os postos caso queiram concorrer ao pleito deste ano. 

 

É o caso do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que manifestou intenção nesta quinta-feira (4), e de Marcos Pereira, que até ontem comandava o ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e deixou a pasta.

 

Nesta quarta-feira (4), após acertar a substituição de Nogueira com Temer e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, Roberto Jefferson disse que a filha não tentaria reeleição como deputada pelo estado do Rio de Janeiro para continuar à frente do ministério até o fim do ano. Em seu lugar, o próprio presidente do PTB e ex-delator do mensalão informou que se candidataria à Câmara, mas em uma vaga representando São Paulo.