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Segunda-feira, 09 de Julho de 2018, 17h:55

Balança comercial do Estado fecha semestre com aumento de 36%

Vendas de produtos sul-mato-grossenses para o exterior somaram US$ 3,013 bilhões, entre janeiro e junho

Flávio Brito
Capital News

Chico Ribeiro / Governo de MS

Celulose ultrapassa a soja nas exportações de janeiro

A exportação de celulose aumentou como a entrada em operação da nova linha de produção da Fibria

O saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul no primeiro semestre deste ano fechou em US$ 1,698 bilhão. O resultado representa aumento de 36%, em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. Os dados estão na Carta de Conjuntura o Setor Externo elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). Ainda sobre o saldo da balança comercial, a Carta explica que as empresas produziram e venderam mais, ao mesmo tempo precisaram comprar insumos de fora. 

 

O saldo da balança comercial é o resultado entre tudo que o Estado exporta, descontando o que importa. As vendas de produtos sul-mato-grossenses para o exterior somaram US$ 3,013 bilhões, entre janeiro e junho, com destaque para a  soja (US$ 1,199 bilhão) e celulose (US$ 945,7 milhões). 

 

No mesmo período, entraram no Estado mercadorias no valor de US$ 1,314 bilhão, o que também representa aumento de 14,69% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Nesse caso, o bombeamento de gás natural vindo da Bolívia teve maior impacto: 32,04%, passando de US$ 515 milhões para US$ 681 miçhões

 

Na análise do secretário da Semagro, Jaime Verruck, o incremento na compra de gás natural se deve ao período de estiagem que reduz a geração de energia nas usinas hidrelétricas e força o acionamento das usinas térmicas, movidas pelo produto. Outro fator que pode ter influenciado nesse quesito foi a entrada em funcionamento da ADM América do Sul, em Campo Grande, empresa que atua no processamento de proteína de soja e consome gás natural.

 

Exportações

Com relação às exportações, Verruck lembra que neste ano entrou em atividade, em Três Lagoas, a segunda unidade da indústria Fibria, fazendo praticamente dobrar as exportações de celulose no semestre, em relação ao primeiro semestre do ano passado. “Até o final do ano, vamos continuar registrando recorde de exportações desse produto, mas, para o ano que vem, estabiliza nesse patamar”, ponderou. Já o aumento nas exportações de soja se devem, sobretudo, à supersafra do ano passado, quando o Estado colheu perto de 10 milhões de toneladas do grão.

 

Outro destaque apontado por Verruck ´a venda de minério de ferro. Variação de 51,54% no período, passando de US$ 50 milhões para US$ 76 milhões. O grande cliente continua sendo a China, tanto do minério quanto de grãos, que aumentou sua participação em 51,47% (de US$ 1 bilhão para US$ 1,5 bilhão). Em seguida vem a Argentina, que também compra minério e soja de Mato Grosso do Sul para processamento industrial. As vendas para o país vizinho saltaram de US$ 155 milhões para US$ 193 milhões, aumento de 23,97%.