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Nacional Terça-feira, 22 de Janeiro de 2019, 13:56 - A | A

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Colapso

Seis Estados somam rombo de R$ 74 bi e estão à beira do colapso

Os Estados com maior insuficiência de recursos são Minas Gerais e Rio de Janeiro

Flavia Andrade
Capital News

Agência Brasil

Foto ilustrativa de dinheiro, imposto, arrecadação, inflação, deflação

Os Estados com maior insuficiência de recursos são Minas Gerais e Rio de Janeiro

 

Com rombos somando o valor de R$ 74 bi, seis Estados, sendo eles, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso iniciam 2019 á beira de um colapso.

 

Com exceção de Goiás, os Estados tiveram calamidade financeira decretada neste mandato ou no anterior. Rio Grande do Norte e Mato Grosso, junto com Roraima, entraram na lista dos Estados em calamidade neste ano. O Rio de Janeiro é o único que está no Regime de Recuperação Fiscal oferecido pela União aos governo em desequilíbrio fiscal.

 

Os Estados com maior insuficiência de recursos projetadas são Minas e Rio. O governo de Minas prevê déficit de R$ 11,5 bilhões em 2019. Com débitos pendentes de gestões anteriores, os rombos elevam para R$ 30 bilhões a conta que inclui repasses pendentes a municípios e o 13º salário de servidores, para o qual ainda não há previsão de pagamento, segundo a Fazenda mineira.

 

No governo fluminense também são as despesas não pagas em gestões anteriores que fazem a diferença. O déficit orçamentário projetado para este ano é de R$ 8 bilhões, e o passivo herdado, de R$ 17,5 bilhões, composto em boa parte de débitos com fornecedores. A gestão de Wilson Witzel (PSC) iniciou o ano com um contingenciamento de R$ 12 bilhões do orçamento estadual. Desse total, R$ 8 bilhões são para cobrir o déficit projetado para o ano. Outros R$ 3 bilhões estão relacionados a operações de crédito desenhadas para a quitação de restos a pagar. O R$ 1 bilhão restante é de receitas extraordinárias de ICMS que não devem se repetir em 2019.

 

O contingenciamento é insuficiente para cobrir o rombo total estimado para o ano, que alcança R$ 25,5 bilhões. Dentro do esforço fiscal para ampliar a arrecadação e diminuir as despesas, o novo titular da Fazenda, Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho, já anunciou medidas de curto prazo, como o combate à sonegação e a revogação de incentivos fiscais para empresas que usufruem de benefícios, "mas não dão a devida contrapartida para o Estado".

 

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