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Quinta-feira, 14 de Março de 2019, 16h:42

Vereadores debatem medidas para aumentar segurança nas escolas após massacre em SP

Atentado em Suzano, no interior de São Paulo, também foi tema na Casa de Leis de Campo Grande

Flavia Andrade
Capital News

Izaias Medeiros / CMCG

Vereadores debatem medidas para aumentar segurança nas escolas após massacre em SP

Atentado em Suzano, no interior de São Paulo, também foi tema na Casa de Leis de Campo Grande

 

Vereadores trouxeram para debate nesta quinta-feira (14) na Casa de Leis, o massacre ocorrido ontem, ( quarta-feira - 13)  na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), o qual resultou na morte de oito pessoas e dos dois atiradores, comovendo o País. Durante o debate sobre a gravidade da violência e a necessidade de motivar ações para acolher os jovens e suas famílias, parlamentares relembraram a importância de guardas municipais nas escolas e retomaram discussão sobre projeto para instalar detectores de metais na entrada, entre outras sugestões.   

 

De acordo com o vereador Valdir Gomes, “Como professor da rede municipal, tenho acompanhado a situação de Suzano. Se tivesse Guarda, como tínhamos em escola, não ia acontecer. O vereador Carlão apresentou um projeto que previa detector de metais nas portarias das escolas, mas foi vetado. Ia evitar entrar canivete, faca. Só não vê quem não quer. A SED (Secretaria de Estado de Educação) está fechando mais escolas. Onde vão dar oportunidade, se não dão emprego e estudo? Temos que pensar. Conversei com a ACP (Sindicato Campo-grandense de Professores) e vamos falar em conjunto com a Comissão Permanente de Educação, e trazer para essa Casa. Colocar em prática. Há necessidade que a Guarda volte para as escolas, cuidando como tinha quando era educador. Vou entrar com projeto ainda para instalar detectores de metais, pois estamos mexendo com vida das crianças e educadores”, destacou.

 

De acordo com divulgações da Polícia Civil, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, entraram armados na escola e atiraram contra alunos e funcionários. Outras 11 pessoas ficaram feridas, sendo que uma está em estado grave. Os atiradores se suicidaram após o massacre.

 

Para o vereador Papy, a decisão de fechar escolas estaduais em todo o Estado prejudicou a população  de Mato Grosso do Sul. Parlamentar pontua ainda que, “Vai prejudicar ainda mais. O alerta é importante, e que esta fala chegue a quem comanda a educação no Estado. Porém, enquanto não tiver amor no coração, dará exemplo de perversidade, falta de amor ao próximo e barbaridade, como vimos em Suzano”, diz.

 

Segundo o vereador Pastor Jeremias flores, o acolhimento principal deve vir da família. “Isso se perdeu. Todos nascemos de pai e mãe, e esse berço se perdeu. Esse tamanho de violência tem começado pelas casas. Na minha época, era um horror filho ter agredido pai ou mãe. O principal acolhimento tem que ser dentro do lar”.

 

O vereador Odilon de Oliveira reforçou o pedido por detectores de metais na entrada das escolas. “Acho salutar o projeto de lei dos detectores de metais, mas não é só a estrutura, é o coração das pessoas. Determinada figura política falou da arma. Como vai ter arma dentro da escola? Pode atingir alguém, essa não é a solução. É preciso agir com carinho, levar pais para dentro das escolas, criar uma relação família”, declara.

 

Já o vereador Otávio Trad, “Vemos o fato com tristeza, pois essa Casa vem trabalhando no fortalecimento da Guarda nessa cidade. São inúmeras ações, como videomonitoramento, armamento, mudança da nomenclatura. Agora, temos um motivo maior para fazer coro de que mantenha nome da guarda como Polícia Municipal, que valoriza o trabalho ainda mais”.

 

O vereador Carlão também defendeu maior atuação da Guarda nas escolas. “Qual a diferença entre morrer dentro do avião ou dentro da escola? Encheram de segurança nos aeroportos. Escola não tem recurso, nem segurança. Sou a favor da Guarda nas ruas, multando e fiscalizando. Para mim, tem que estar cuidando Ceinf com crianças. Minha briga é essa: tem que cuidar o povo, as escolas”, conclui.