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Terça-feira, 16 de Julho de 2019, 13h:13

Simone: Bolsonaro “erra” ao querer indicar filho para embaixada e evangélico ao STF

Por Marco Eusébio

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Artigo de responsabilidade do autor

Roque de Sá/Agência Senado

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Simone ao falar com jornalistas hoje no Senado: 'Acho que o presidente erra mais ao falar até do que ao agir'

Ao conversar com a imprensa ontem (15) no Senado, Simone Tebet (MDB-MS) classificou a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada brasileira em Washington como "o maior erro" de Jair Bolsonaro até agora e também avaliou como "erro de amador" o presidente declarar que vai indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para o Supremo. Neste caso, ela avalia que 'o presidente erra mais ao falar até do que ao agir'.

No caso da embaixada, Eduardo terá de ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores (CRE) presidida por Nelsinho Trad (PSD-MS) e, em seguida, ser submetido a uma votação secreta. Depois, o nome vai ao plenário onde precisa do voto da maioria dos 81 senadores. "Talvez tenha sido o maior erro do presidente até agora. Até porque envolve o próprio filho", disse Simone, para quem o presidente deveria ter avaliado "o sentimento do Senado".

“Acho que ele corre sérios riscos de mandar [a indicação] para o Senado e ser derrotado. A votação é secreta. Não tem precedentes no mundo, em países democráticos", afirmou. "Eu tenho esse sentimento hoje (de que a indicação seria derrotada) sentindo algumas pessoas que defendem o governo com unhas e dentes questionando que isso foi erro. Mas enfim, o tempo dirá”, emendou a senadora.

NO CASO DO SUPREMO, os indicados são sabatinados pela CCJ do Senado e depois passam por aprovação do plenário. Simone disse que Bolsonaro pode indicar qualquer nome, mas avalia que o presidente gerou uma polêmica desnecessária com sua declaração: "Acho que o presidente erra mais ao falar até do que ao agir. Se ele não tivesse falado e nomeasse alguém terrivelmente evangélico, seja lá o que isso signifique, nós não estaríamos falando nada disso, estaríamos falando: 'É capaz? Não é capaz? Vai ser votado, não vai ser votado'. É um erro dele. Foi um erro dele, mais um. Acho que o maior erro dele é querer ir contra as instituições democráticas: órgãos de controle, Poder Judiciário, a mídia e o Congresso."
(Com Estadão e O Globo)

 

 

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