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Internacional Quinta-feira, 29 de Agosto de 2013, 14:05 - A | A

Quinta-feira, 29 de Agosto de 2013, 14h:05 - A | A

Ataque contra Síria depende de relatório da ONU sobre uso de armas químicas

Gabriel Kabad - Capital News (www.capitalnews.com.br)

As perspectivas de um ataque iminente contra a Síria diminuíram ontem (28) após o Reino Unido anunciar que vai esperar pelo relatório de especialistas das Nações Unidas e por um voto do Parlamento britânico. O primeiro-ministro David Cameron foi forçado a recuar de seus planos após ficar sob intensa pressão doméstica e internacional, informou o jornal Valor Econômico.

Um dia após pedir que o Parlamento voltasse do recesso, Cameron viu-se encurralado quando a oposição trabalhista anunciou querer mais tempo para examinar a questão e quando membros do seu próprio partido se rebelaram e ameaçaram ficar contra o primeiro-ministro.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ontem que ainda não tomou a decisão de lançar um ataque contra a Síria. Segundo ele, o objetivo de uma ação militar limitada seria o de impedir futuros usos de armas químicas. "Se dissermos de uma maneira clara e decisiva, mas bastante restrita, (...) isso pode ter um impacto positivo na nossa segurança nacional no longo prazo."

Nesta quinta-feira, a rede de televisão americana CNN afirma que o Congresso americano está cauteloso e decidindo a aprovação de um ataque, temporário e sem invasão, à Síria.

Em termos gerais, o ataque teria a meta de causar danos às forças militares e aos arsenais do regime sírio. O ataque seria feito com o lançamento de mísseis de cruzeiro de baixa altitude a partir de navios da Marinha americana localizados perto da costa síria.

Está prevista para hoje uma reunião de funcionários da Casa Branca com líderes do Congresso para que os parlamentares recebem informações sobre a situação na Síria. Segundo a agência de notícias Associated Press, os congressistas receberiam uma versão secreta do dossiê, enquanto uma outra seria divulgada publicamente, possivelmente ainda hoje.

Irã e Rússia, os dois principais aliados de Assad, voltaram a fazer advertências contra ações militares das potências ocidentais. Um ataque "provocará a desestabilização a longo prazo da situação no país e na região", disse o chanceler russo, Sergei Lavrov.
 

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