Presidente americano, Donald Trump, confirmou ser o mandante do ataque militar a uma base aérea na Síria. Segundo ele, a ação foi em resposta ao uso de armas químicas pelo governo de Bashar Al Assad, presidente sírio, na última terça-feira (4).
De acordo com Trump, com o ataque químico, Assad “sufocou a vida de muitos homens, mulheres e crianças indefesas. Foi uma morte lenta e brutal para muitos”, justificou. Disse ainda ser do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter a proliferação do uso de armas químicas mortais. “Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança”, disse Trump.
Segundo a imprensa norte-americana, mais de 50 mísseis Tomahawk foram lançados contra a Síria na ação americana. Além disso, os Estados Unidos teriam alertado a Rússia sobre a iminência do ataque antes dele acontecer.
Em reunião na quarta-feira (5), a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU “falha consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos Estados que nós somos levados a agir por conta própria”, o que já sinalizava para uma possível ação militar dos Estados Unidos.
Líderes mundiais se pronunciaram sobre a ação durante o dia de ontem, tendo a Rússia repudiado fortemente o ataque, enquanto França, Alemanha e Israel apoiaram os EUA. Vladmir Putin, presidente russo, afirmou que o lançamento dos mísseis agrediu um Estado soberano e isso representa "um golpe nas relações da Rússia com os Estados Unidos".
Já a França e Alemanha divulgaram um comunicado conjunto responsabilizando o presidente sírio, Bashar Al Assad, pelo ataque. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, também apoiou. Japão, Turquia, Reino Unido e a Arábia Saudita são outros países que apoiaram a ação, ao contrário da China e do Irã que afirmaram que não apoiam a medida norte-americana.