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Internacional Quarta-feira, 14 de Agosto de 2013, 14:13 - A | A

Quarta-feira, 14 de Agosto de 2013, 14h:13 - A | A

Confronto no Egito deixa 149 mortos e 874 feridos

Gabriel Kabad - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O governo do Egito anunciou nesta quarta-feira (14) a imposição de estado de emergência, por um mês, após os confrontos entre forças de segurança e islamitas que mataram 149 pessoas e deixaram 874 feridos, segundo o G1, site de notícias da Rede Globo.

O porta-voz do ministério, Hamdi Abdel Karim, disse que entre os mortos estão policiais e civis. O número de mortes deve aumentar, à medida que novos relatos de violência em vários pontos do país surgem.

A Irmandade Muçulmana e a imprensa falam em 350 mortos. Eles também relatam que a filha de 17 anos um de seus líderes, Mohammed al-Beltagui, está entre os mortos
A presidência pediu ao exército que ajude o Ministério do Interior a "impor a ordem" no dividido país, o mais populoso dos países árabes. Também foi imposto toque de recolher no Cairo e em 11 províncias, das 19h às 6h.

O vice-presidente interino do Egito, Mohamed ElBaradei, anunciou sua renúncia ao cargo pouco depois da implantação do estado de emergência.

Os confrontos seguem intensos na capital do país, cada vez mais afundado na crise política após a derrubada do presidente islamita Morsi, no início de julho, por um golpe militar. Os islamitas pedem que ele seja reconduzido ao cargo, e os militares prometeram uma transição de volta à democracia.

A situação no Egito, o mais populoso dos países árabes, preocupa a comunidade internacional.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon condenou com veemência a intervenção das forças de segurança contra a população egípcia e criticou as autoridades no poder por terem optado pelo uso da força. A União Europeia convidou as partes envolvidas a exercer a máxima moderação nesta crise.
 

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