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Internacional Sábado, 31 de Agosto de 2013, 07:04 - A | A

Sábado, 31 de Agosto de 2013, 07h:04 - A | A

Libanês que morou em Corumbá conta como a população se prepara para a guerra entre EUA e Síria

Gabriel Kabad e Samira Ayub - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O povo sírio aguarda veemente um ataque dos EUA para esta sexta-feira (30). A rede de televisão americana NBC postou vídeos em seu site em que mostra um dia normal, com comércio e instituições funcionando, mas com um povo receoso de uma batalha que pode deixar civis mortos. O ataque deveria acontecer até ontem, porém, o Congresso americano forçou o governo a escutá-lo antes, porque espera que a perícia das Organizações das Nações Unidas (ONU) afirme que, realmente, o ataque com armas químicas há alguns dias perto de Damasco foi proveniente do regime sírio.

O Reino Unido e a França posicionaram-se contrários, nesta sexta-feira, com o ataque, mesmo que seja restrito, pois questionam a veracidade das informações obtidas pelo governo americano, em um dossiê montado que comprova que o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad, executou o ataque.

O site do jornal The New York Times diz que Barack Obama prepara um ataque limitado ao país, e a rede de televisão CNN reitera que não haverá tropas militares na Síria, afirmações de hoje feitas pelo presidente americano.

A iminência de uma guerra mobiliza a população que se prepara diante a ameaça de guerra. Libaneses que moram na fronteira com a Síria esperam pelo pior, segundo W.N.A, que morou em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, mas voltou para o Líbano conta sobre os momentos de tensão vividos pelos libaneses. Por motivo de segurança, o comerciante pediu para não ser identificado.

“Aqui estamos esperando a guerra começar. Ninguém sabe se vai ser a Terceira Guerra Mundial”, afirmou o comerciante ao Capital News. Segundo ele, mais da metade do povo libanês é contra o governo da Síria e o governo americano irá atacar somente os pontos que foram atingidos por arma química.

“Eu moro perto da fronteira com a Síria e todos os dias escutamos as bombas de canhão e foguete. Já estamos acostumados com isso”, revelou. “Agora, todo dia, vem da Síria para o Líbano quase 15 mil pessoas fugindo da guerra”, disse W.N.A
 

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