O novo presidente do Paraguai, Horácio Cartes, de 57 anos, tomou posse ontem (15) e disse que, em relação à polêmica que envolve os brasiguaios – brasileiros que vivem e produzem em terras paraguaias e que entram em conflitos com os locais –, não “vai deixar o governo à mercê de grupos criminosos e armados”. Também promete combater a pobreza.
No discurso, o empresário que estreia na vida política agradeceu a presença da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner. Ao mencionar os nomes de ambas, foi vaiado por simpatizantes do Partido Colorado, que condenam a suspensão do Paraguai dos blocos regionais.
Cartes, que cumpre mandato até 2018, evitou comentar diretamente a suspensão do Paraguai. O paraguai volta hoje para o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e União nas Nações Sul-Americanas (Unasul). Segundo a Agência Brasil, o presidente optou, no seu juramento, citar os desafios que quer enfrentar no governo.
Também negou interesse em fazer carreira política. “Não estou na política para cuidar de uma carreira nem enriquecer um patrimônio, mas [estou aqui] para melhorar o futuro das novas gerações”, disse.
Os presidentes do Chile, Peru, Uruguai e de Taiwan também acompanharam a cerimônia.
Nesta sexta-feira (16), o primeiro compromisso do novo presidente foi conversar com ministro e o presidente do Banco Central do Paraguai, de acordo com o jornal La Nación.
