Na primeira visita oficial de um chefe de Estado estrangeiro desde o início do novo governo, os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Mauricio Macri, da Argentina, se uniram em um discurso de repúdio ao que chamaram de "ditadura de Nicolás Maduro". O encontro entre os dois líderes aconteceu nesta quarta-feira (16), em Brasília.
“A comunidade internacional já se deu conta: Maduro é um ditador que busca se perpetuar no poder com eleições fictícias, encarcerando opositores e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora”, afirmou Macri em comunicado à imprensa após a reunião. “Reiteramos que reconhecemos a Assembleia Nacional como a única instituição legítima na Venezuela, eleita democraticamente pelo povo venezuelano”, completou.
De acordo com a Agência Brasil, Bolsonaro afirmou na ocasião que Brasil e Argentina tem o mesmo posicionamento quanto à situação na Venezuela. “Essa identidade [serve] para que atuemos conjuntamente na defesa da liberdade e da democracia na nossa região. Nossa cooperação na questão da Venezuela é um exemplo mais claro no momento.”
Eleição na Venezuela
Maduro foi reeleito presidente da Venezuela, em meio a acusações de manipulações e fraudes eleitorais pela comunidade internacional, e tomou posse na última quinta-feira (10). Para o Brasil, o segundo mandato de Maduro não é legítimo, e a Assembleia Nacional Constituinte deve assumir o poder com a incumbência de promover novas eleições.
Segundo a Agência Brasil, a prisão e liberação no fim de semana do presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Juan Guaidó, deve gerar uma série de reações no parlamento venezuelano. A Assembleia Nacional convocou uma sessão para discutir a formalização da declaração de "usurpação da Presidência da República".