A Polícia Federal (PF) realizou na manhã de hoje (25) uma varredura no prédio do Ministério de Trabalho, em Brasília. Às 10 horas, o prédio foi evacuado. Segundo a PF a operação trata-se de uma perícia para apurar os danos causados pelo protesto de ontem (24), na Esplanada dos Ministérios.
A assessoria de comunicação do Ministério afirmou que, por volta das 12 horas, os servidores já puderam voltar aos seus postos de trabalho.
Durante o protesto realizado ontem (24), o edifício onde localiza-se o Ministério da Agricultura foi depredado por alguns manifestantes. Um grupo invadiu o prédio e ateou fogo em algumas áreas. De acordo com o ministério, entre os objetos destruídos,encontram-se quadros que fazem parte da galeria dos ex-ministros da pasta.
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Grupo de manifestantes depredou Ministério da Agricultura durante protesto contra governo na Esplanada dos Ministérios
No início da tarde, o presidente Michel Temer assinou decreto de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) em Brasília, que autoriza o uso das forças armadas para conter manifestaçõe populares.
A GLO é regulada pela Constituição Federal, em seu artigo 142, pela Lei Complementar 97, de 1999, e pelo Decreto 3897, de 2001. As operações de GLO concedem provisoriamente aos militares poder de polícia em casos excepcionais.
Em pronunciamento oficial na tarde de ontem (24), o ministro da Defesa Raul Jungmann afirmou que Temer decretou A GLO a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Mais tarde, Maia veio à público negar que tenha solicitado a medida a Temer, e pediu que o ministro venha a público corrigir as inverdades.
Em nota, o ministério da Defesa anunciou que 1.500 homens foram mobilizados, sendo 1.300 militares do Exército e 200 fuzileiros navais. O texto afirma ainda que a medida é é exclusiva para os prédios públicos.
Valter Campanato/Agência Brasil
Militares reforçaram segurança no Palácio do Planalto durante manifestação contra governo federal na Esplanada dos Ministérios
Segundo Jungmann, "atendendo à solicitação do senhor presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, mas também levando em conta fundamentalmente uma manifestação que estava prevista como pacífica. Ela degringolou à violência, vandalismo, desrespeito, agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas, muitas delas servidores que se encontram aterrorizados", disse o ministro.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal cerca de 35 mil pessoas participavam da marcha. Brasília recebeu 500 ônibus com caravanas de outros Estados que foram à capital para o protesto.