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Nacional Segunda-feira, 12 de Setembro de 2016, 18:49 - A | A

Segunda-feira, 12 de Setembro de 2016, 18h:49 - A | A

Câmara abre sessão para cassação de Cunha, mas suspende por falta de quórum

Agência Brasil
Mariana Jungmann e Ivan Richard

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Câmara abre sessão para cassação de Cunha, mas suspende por falta de quórum

Sessão de votação do pedido de perda de mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O deputado Delegado Valdir (PSDB-GO) abriu a sessão da Câmara dos Deputados  destinada a analisar a cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pontualmente às 19h de hoje (12).

Entretanto, o quórum no momento da abertura era 328 deputados. Por isso, Valdir decidiu suspender a sessão por uma hora para aguardar o quórum mínimo de 400 deputados, conforme anunciado previamente pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Vou suspender a sessão por uma hora para que possamos atingir o quórum adequado”, disse.

Deputados do PT, PCdoB e PSB protestaram contra a decisão e fizeram um apelo para que a presidência mantivesse os trabalhos abertos, aguardando o restante dos deputados. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) lembrou que, habitualmente, os deputados se apressam em seguir para o plenário quando sabem que a sessão está aberta e pediu que a presidência não interrompesse os trabalhos.

“Nós sabemos que os deputados vêm para a sessão depois de aberta. Suspender vai esvaziar ainda mais e dificultar o quórum maior”, disse a deputada. O pedido foi em vão, e a sessão foi suspensa pouco tempo depois.

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Câmara abre sessão para cassação de Cunha, mas suspende por falta de quórum

Presidente da Câmara, dep. Rodrigo Maia (DEM-RJ)

 

O presidente Rodrigo Maia apoiou o intervalo de uma hora e explicou que a exigência de quórum mínimo de 400 deputados é regimental e não pode ser ignorada. “Estou cumprindo o regimento. Não posso correr nenhum risco nesta sessão”, disse.

Oposição
Mais cedo, Feghali e outros deputados de oposição cobraram que a base aliada do governo de Michel Temer garanta o quórum para a cassação de Cunha. Ela anunciou que PCdoB e PT terão suas bancadas integralmente presentes e rebateu o apelo feito pelo PSDB para que os parlamentares procurem falar pouco durante os debates para que a votação não ocorra muito tarde.

“A primeira coisa é o PSDB colocar a sua bancada aqui”, disse a deputada, em tom de cobrança. Segundo ela, não é possível “controlar a boca dos parlamentares” e cada um terá o tempo que precisar para discursar.

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