Cedida / Pablo Centenaro Thomaz
Greve realizada em maio, atingiu todos os setores que utilizam o transporte rodoviário de cargas
Caminhoneiros de todo o país podem realizar nova greve da classe a qualquer momento, por conta da insatisfação da classe, em relação à fiscalização que o Governo Federal não faz para com a ‘tabela do frete’.
A tabela do frete, ou preço mínimo, foi uma das reivindicações dos caminhoneiros durante a greve realizada em maio e que parou o país. Para que os profissionais pudessem acabar com a greve, o Governo Federal se comprometeu a estipular uma tabela, onde um valor mínimo deveria ser pago pelo frete, dependendo do tipo de carga, distância e veículo responsável pelo transporte, mas, de acordo com os caminhoneiros, essa medida não vem sendo cumprida pelas empresas que contratam o serviço, e também, não existe fiscalização para isso.
“Estão todos (os caminhoneiros) revoltados. A questão do piso mínimo foi só uma jogada para parar a greve. Ninguém está cumprindo, e o governo não fiscaliza e tampouco multa”, disse o representante do Comando Nacional do Transporte, Ivar Luiz Schmidt.
Entidades agrícolas e da indústria já haviam reagido contra o tabelamento do frete e inclusive, foram até o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que a medida fosse considerada inconstitucional.
Sobre a nova greve, os caminhoneiros dizem que ainda não existe data prevista, mas que a intenção vem ganhando força. “O governo tem opções que podem ser utilizadas para evitar isso. Não existe data. Pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar”, finalizou Schmidt.
