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Professor Jayse trabalha em Pernambuco, professora Débora em São Paulo, os dois em escolas públicas.
Através de um grupo que aproxima os professores na internet, Jayse e Débora conversam a 3 anos sobre maneiras de incentivar os alunos a se interessarem pelas aula. A aula da professora Débora começa fora da escola, recolhendo lixo. A professora ensina tecnologia em uma escola da Zona Sul de São Paulo. Com os alunos, já retirou uma tonelada de resíduos das ruas do bairro.
Após a coleta, o trabalho continua dentro da sala de aula, no laboratório da professora Débora, que funciona como uma espécie de usina de reciclagem. Com isso, a sucata vira matéria-prima valiosa. Tem helicóptero com motor de impressora, ar-condicionado com gelo, bateria e ventoinha. Nas aulas de robótica, é preciso saber matemática, ciências, inglês. Segundo a reportagem do Jornal Nacional, a aluna Karen Marcella Braga diz que, “A robótica trabalha todas as matérias em uma só”, aponta.
Para Jayse Ferreira, “O mundo lá fora vai querer um aluno crítico. Eu quero um aluno que questione, que procure saber o porquê daquilo”, diz professor de educação artística.
Nas aulas de Jayse foi preciso inovar ao perceber que a maioria dos alunos faltava muito na escola e não se envolvia nas aulas de educação artística. Utilizando do contato com games e filmes que fazem sucesso entre os adolescentes, os alunos começaram a adaptar roteiros, gravar e montar histórias com direito a efeitos especiais e até indicação de faixa etária.
Ainda segundo professor,“os alunos estão mais participativo, frequentam mais as aulas, tiram boas notas, e tem oportunidade de mostrar o que sabe fazer e isso faz toda a diferença. A gente só aprende se estiver empolgado”, afirma Jayse.
Os professores Jayse e Débora são finalistas em um prêmio que vai escolher o melhor professor do mundo. O vencedor vai ganhar um US$ 1 milhão.
Mas para os professores, eles já têm os seus troféus. Ainda segundo a reportagem do Jornal Nacional,“Eu tenho alunos que fazem jornalismo porque vivenciaram nas minhas aulas práticas de filmagem, de edição. Quando vejo que eles estão sonhando mais alto, alcançando novas profissões, eu me orgulho, porque sei que, de alguma forma, eu contribuí para isso”, afirmou Jayse.
Já para a professora Débora, “Eles achavam que eles não eram capazes e hoje, quando eu vejo todos os protótipos que eles realizam, eu me orgulho porque eles são capazes. Eu vejo meus alunos querendo ser engenheiros, querendo ser biólogos, porque despertou essa aprendizagem para eles, eles entenderam que eles têm um lugar no mundo hoje”, afirma Débora.
O Prêmio Global Teacher vai ser entregue em março, em Dubai. Os 50 finalistas foram selecionados entre dez mil candidatos de 179 países.
