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Nacional Quarta-feira, 14 de Junho de 2017, 16:59 - A | A

Quarta-feira, 14 de Junho de 2017, 16h:59 - A | A

Nacional

Ex-procurador-geral da República pede impeachment de Gilmar Mendes

Os juristas Claudio Fonteles e Marcelo Neves acusam Mendes de falta de decoro para ocupar o cargo

Maisse Cunha
Capital News

TSE

Por 4 votos contra e 3 a favor, TSE rejeita cassação da chapa Dilma-Temer

Ministro Gilmar Mendes

O ministro do Supremo tribunal Federal (STF) e presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes é alvo de pedido de impechment por ter praticado suposto crime de responsabilidade.


O autor do pedido é o ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles. No documento, entregue no Senado federal, Fonteles ainda solicita que o ministro seja proibido de exercer funções públicas pelo prazo de oito anos.


No pedido, assinado também pelo advogado e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB), Marcelo Neves, Fonteles acusa Gilmar Mendes de falta de decoro para ocupar o cargo, por praticar atividades com fins político-partidários, o que é vedado aos magistrados.


O documento que será protocolado no Senado nesta quarta-feira (14) pode ser lido na íntegra aqui.


A petição destaca, entre outras coisas, uma gravação, feita pela Polícia Federal (PF) com autorização do STF, onde o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) pede a Gilmar Mendes, relator dos inquéritos a qual o senador responde, que ele converse com o também senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e o convença a votar a favor do projeto de abuso de autoridade.

 

O projeto foi apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como uam forma de intimidade o Ministério Público e o Poder Judiciário.


Os juristas ainda apontam declarações públicas feitas por Gilmar contra integrantes do Judiciário, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Superior Tribunal do Trabalho (TST), bem como participação em julgamentos de clientes de sua mulher, a advogada Guiomar Mendes.

 

Também são citados no pedido um encontro com o empresário Joesley Batista, dono da JBS, para tratar de assuntos jurídicos, além de convites a ministros de Governo e políticos investigados no âmbito do STF, para palestrarem no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade de Gilmar Mendes.

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