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Nacional Terça-feira, 20 de Junho de 2017, 15:29 - A | A

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Pedidos da defesa

Fachin tira de Moro três processos contra Lula e Odebrecht

Relator da Lava Jato no STF repassa dois para Justiça Federal do DF e um para SP

Renato Giansante
Capital News

Reprodução

Fachin tira de Moro três processos contra Lula e Odebrecht

Defesa de Lula teve pedido de mudanças das sedes de investigações recebido pelo relator da Lava Jato

O relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Edson Fachin, retirou do juiz Sérgio Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba, três processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (20). Os casos envolviam as delações de executivos e ex-funcionários da Odebrecht.

Dois processos serão endereçados à Justiça Federal do Distrito Federal. O primeiro é de suposto tráfico de influência do ex-presidente. Nele, Lula teria recebido vantagens indevidas ao atuar em favor da empresa em negociações referentes a Angola, mesmo que em prejuízo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  A investigação iniciou com as declarações de Emílio Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht e ex-funcionários da empresa.

Para Fachin, esse processo “de fatos que supostamente se passaram na capital da República”. “Assim, do cotejo das razões recursais com os depoimentos prestados pelos colaboradores não constato, realmente, relação dos fatos com a operação de repercussão nacional que tramita perante a Seção Judiciária do Paraná”, escreveu Fachin. O ministro acatou um recurso da defesa.

O segundo processo liga o petista e a ex-presidente Dilma em favor da liberação de recursos do BNDES para a construção das Usinas Hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, ambas em Rondônia. De acordo com Emílio Odebrecht e de Henrique Serrano de Prado, ex-executivo da área de energia, os dois teriam agido para acelerar licenças ambientais.

Já o processo do suposto pagamento de uma mesada pela Odebrecht a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, líder sindical e irmão de Lula será remetido à Justiça Federal de São Paulo, também em pedido da defesa de Lula. Segundo relatos dos ex-executivos da empresa Hilberto Mascarenhas Filho e Alexandrino Alencar, os repasses seriam feitos como um modo de prestigiar o ex-presidente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra as mudanças ao relatar que os processos fazem parte das investigações da Lava Jato. A defesa de Lula nega todas as acusações.

 

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