Ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (14) que a permanência das Forças Armadas no Espírito Santo vai ultrapassar os dez dias iniciais determinados no decreto assinado pelo presidente Michel Temer em 8 de fevereiro.
Segundo decreto a atuação seria entre os dias 6 e 16 de fevereiro, mas ministro aponta necessidade de manter as forças, considerando a situação, "requer, sem sombra de dúvida, a prorrogação".
"Vamos permanecer o tempo que for necessário, até que a normalidade se reinstaure", disse o ministro, que informou que há aproximadamente 3,1 mil militares patrulhando o estado.
Jungmann defendeu ainda que a atuação das Forças Armadas se dá em obediência à Constituição e disse que a presença dos militares garantiu a vida da população no estado.
"Se elas não tivessem entrado em operação já na segunda-feira e, com isso, derrubado os arrastões, incêndios e saques, a população de lá estaria à mercê de vândalos e teria sua vida em risco."
O ministro comparou as manifestações de parentes de PMs, ocorridas no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e considerou que a área de inteligência do ministério não tem a expectativa de que o movimento do Rio tenha as mesmas proporções que o capixaba.
"No Rio é muito diferente da situação no Espirito Santo, onde tivemos um motim com tropas armadas e aquarteladas", disse. "Não temos um problema em termos hierárquicos e não temos um problema em termos da regularidade do policiamento. São coisas distintas e não existe, para nós, a expectativa desse contágio."