Kaique Dias / Gazeta Online
Governo do Estado publicou início dos processos contra os militares envolvidos no protesto
Polícia Militar do Espírito Santo publica instauração de processo contra 1.151 policiais, por “risco a disciplina” e por “dano a sociedade ou a corporação” durante a crise na segurança do estado.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública, (Sesp-ES) ainda não divulgou os nomes, os policiais envolvidos podem até ser expulsos.
Atualmente há cerca de 10 mil policiais, sendo 2 mil por dia nas ruas. Com isso, mais de 10% deste quadro vai responder aos inquéritos.
O protesto realizado por familiares de policiais militares na porta do batalhão no Espírito Santo deixou a região da Grande Vitória, sete dias sem polícia.
O policial militar não pode fazer greve porque é proibido pela constituição. Nos protestos, as mulheres alegam que são elas que estão no comando da paralisação. Mas, para as autoridades, essa é uma tentativa de encobrir o que, supostamente, seria um motim dos PMs.
Na publicação, também consta que estão listados os 124 militares que responderão Processos Administrativos Disciplinares de Rito Ordinário (PAD-RO), o que já havia sido anunciado pelo Governo.
São policiais que atuam há menos de dez anos na corporação e que já foram afastados das funções na rua, os quais entregaram colete e armamento e passaram a exercer apenas funções administrativas. Ao final do processo, também podem ser expulsos.
Este processo tem prazo de 30 dias para conclusão, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.
O boletim também traz 27 militares que estão relacionados ao Conselho de Disciplina. Todos possuem mais de dez anos de corporação. Estes também entregaram os coletes e armamento, e estão à disposição do Conselho de Disciplina e fora das ruas. Todos correm risco de serem demitidos.
Também nesse caso, o prazo de conclusão da investigação é de 30 dias para sua conclusão, prorrogáveis por mais 20 dias.
- Saiba mais
- Michel Temer se pronuncia uma semana após início de caos na Segurança do Espírito Santo
- Cerca de 600 policiais militares voltam ao trabalho no Espírito Santo
- Força Nacional ficará no RJ e no ES até início de março
- Familiares de policiais militares bloqueiam quatro batalhões da PM no Rio
- Governo do Espírito Santo inicia processo de demissão dos militares
- Governo do Espírito Santo e Associação de Militares entram em acordo na noite desta sexta-feira
- Ministro de Defesa diz que Forças Armadas devem permanecer mais tempo no Espírito Santo