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Nacional Terça-feira, 01 de Maio de 2018, 09:19 - A | A

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Tragédia

Prédio ocupado por famílias sem teto desaba após incêndio em São Paulo

Cerca de 150 famílias moravam nos primeiros dez andares e uma morte foi confirmada pelos Bombeiros

Rogério Vidmantas
Capital News

                                                                                                                                                                       

Divulgação/Corpo de Bombeiros

Incêndio

Prédio tinha 26 andares e foi completamente atingido pelas chamas antes de desabar

Um edifício de 26 andares no centro de São Paulo que era ocupado por cerca de 150 famílias foi atingido por um incêndio e desabou na madrugada desta terça-feira (1º). Bombeiros confirmam uma morte e, até o momento, três pessoas estariam desaparecidas. O prédio localizado na Avenida Rio Branco, no Largo do Paissandu, e era uma antiga instalação da Polícia Federal e estava ocupado por movimento social de defesa ao direito à moradia.


Durante o incêndio, um outro prédio, esse vazio, em frente também foi atingido pelas chamas, mas restringidas a um único andar e rapidamente controlada. O desabamento aconteceu por volta das 2h20 da madrugada e uma pessoa que estava sendo resgatada acabou desaparecendo nos escombros.

A origem do incêndio ainda não foi confirmada pelos Bombeiros, mas suspeita-se que tenha começado no quinto andar. O prédio tinha os seus primeiros dez andares ocupados pelos moradores de forma irregular e, destes, 248 já foram identificados e estão sendo levados para abrigos da Prefeitura de São Paulo.

O governador Márcio França e o prefeito Bruno Covas estiveram no local no início da manhã e culpam o Governo Federal pelo problema. “É uma tragédia anunciada. Tem muita estrutura metálica e muito lixo que é jogado no fosso dos elevadores. É um prédio que não tem a mínima condição de moradia. A União não poderia ter deixado ocorrer essa ocupação”, disse França.

Cerca de 160 membros do Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência e parte da Avenida Rio Branco segue interditada pelos escombros. Cães farejadores auxiliam na procura por sobreviventes e três outros prédios próximos foram evacuados por precaução.

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