Um edifício de 26 andares no centro de São Paulo que era ocupado por cerca de 150 famílias foi atingido por um incêndio e desabou na madrugada desta terça-feira (1º). Bombeiros confirmam uma morte e, até o momento, três pessoas estariam desaparecidas. O prédio localizado na Avenida Rio Branco, no Largo do Paissandu, e era uma antiga instalação da Polícia Federal e estava ocupado por movimento social de defesa ao direito à moradia.
Durante o incêndio, um outro prédio, esse vazio, em frente também foi atingido pelas chamas, mas restringidas a um único andar e rapidamente controlada. O desabamento aconteceu por volta das 2h20 da madrugada e uma pessoa que estava sendo resgatada acabou desaparecendo nos escombros.
A origem do incêndio ainda não foi confirmada pelos Bombeiros, mas suspeita-se que tenha começado no quinto andar. O prédio tinha os seus primeiros dez andares ocupados pelos moradores de forma irregular e, destes, 248 já foram identificados e estão sendo levados para abrigos da Prefeitura de São Paulo.
O governador Márcio França e o prefeito Bruno Covas estiveram no local no início da manhã e culpam o Governo Federal pelo problema. “É uma tragédia anunciada. Tem muita estrutura metálica e muito lixo que é jogado no fosso dos elevadores. É um prédio que não tem a mínima condição de moradia. A União não poderia ter deixado ocorrer essa ocupação”, disse França.
Cerca de 160 membros do Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência e parte da Avenida Rio Branco segue interditada pelos escombros. Cães farejadores auxiliam na procura por sobreviventes e três outros prédios próximos foram evacuados por precaução.