Roque de Sá/Agência Senado
Recesso começa em 17 de julho. Duas sessões ordinárias antecedem a votação da Reforma Trabalhista
O Plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (4), a tramitação em regime de urgência da Reforma Trabalhista, proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Com isso, o projeto já deve ser votado pelos parlamentar na próxima semana, após duas sessões ordinárias da Casa de Leis.
A Reforma Trabalhista é considerada um dos carros-chefe do governo Temer. Pelo acordo firmado entre os líderes de bancada e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), haverá duas sessões de discussão do PLC 38/2017, a primeira na quarta-feira (5), das 11h às 22h e a segunda, na quinta-feira (6), das 11h às 14 horas.
De acordo com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da Reforma na Comissão de Constituição, Justiça (CCJ), a proposta deve ser aprovada pela casa. “Nós queremos mostrar à sociedade que a oposição está equivocada, está sofismando, não está falando a verdade sobre os avanços na legislação trabalhista. A conclusão vai ser na terça, o que está bom para o governo”, afirmou o peemedebista.
Já segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante da oposição, a proposta deve ser rejeitada, pois, segundo ele, é um crime contra os trabalhadores. “A gente não concorda em votar isso em hipótese alguma. A gente vai lutar, vai usar todas as estratégias de obstrução, requerimentos e questões de ordem possíveis. Essa reforma trabalhista para nós é um crime contra os trabalhadores”, afirmou.
A proposta divide opiniões, inclusive, da própria bancada do PMDB na Casa. O senador Roberto Requião (PR), disse anteriormente que os parlamentares, ao analisar a Reforma, tratam os trabalhadores como objetos. Segundo o senador, os parlamentares estão liquidando os direitos trabalhistas.
Segundo o presidente da Casa de Leis, durantes as próximas duas sessões ordinárias, houve um consenso entre base aliada e oposição para que todos os senadores que se inscreverem possam fazer suas considerações.